Mundo

Esteve congelado mais de 30 anos. Nasceu o bebé mais velho do mundo

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 horas atrás em 04-08-2025

Thaddeus Pierce nasceu no último domingo, em Ohio, nos Estados Unidos, a partir de um embrião que esteve congelado durante 11.148 dias — mais de 30 anos —, o que pode representar um novo recorde mundial de tempo de armazenamento antes do nascimento.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

publicidade
publicidade

O bebé é filho de Lindsey e Tim Pierce, um casal que lutava há anos contra a infertilidade e que recorreu ao processo de adoção de embriões, utilizando embriões doados originalmente em 1994. Segundo o médico John David Gordon, que acompanhou o caso, este é o embrião mais antigo de que há registo a resultar num nado-vivo.

PUBLICIDADE

“Não entrámos nisto a pensar em recordes — só queríamos ter um bebé”, afirmou Lindsey Pierce, visivelmente emocionada com o desfecho feliz.

A doadora, Linda Archerd, hoje com 62 anos, tinha recorrido à fertilização in vitro em 1994 e acabou por doar os seus embriões através da organização cristã Snowflakes, que promove adoções abertas. “Sempre achei que esses pequenos embriões mereciam viver, assim como a minha filha”, declarou.

A transferência do embrião exigiu um processo burocrático complexo, com recuperação de registos médicos antigos e transporte especializado do Oregon até ao Tennessee, onde está localizada a Rejoice Fertility, clínica conhecida por recusar o descarte de embriões congelados e trabalhar com tecnologia de armazenamento obsoleta.

Dos três embriões doados, apenas um sobreviveu e implantou-se com sucesso no útero de Lindsey Pierce. O resultado foi o nascimento de Thaddeus, um bebé saudável e muito desejado, pode ler-se na TVI.

O caso reacende o debate nos Estados Unidos sobre o estatuto legal dos embriões congelados. Em 2024, o Supremo Tribunal do Alabama determinou que embriões congelados têm os mesmos direitos legais que crianças, gerando polémica e incerteza jurídica. Estima-se que existam atualmente cerca de 1,5 milhões de embriões congelados em armazém por todo o país.

Para o médico John David Gordon, o nascimento de Thaddeus é um marco médico e ético: “Estas histórias chamam a atenção, mas também levantam uma questão séria: por que razão tantos embriões continuam armazenados? O que devemos fazer com eles?”.

Para Linda Archerd, o sentimento é agridoce. Apesar de aliviada por ver os embriões encontrarem um lar, sente tristeza e alguma ansiedade: “Adoraria conhecê-los um dia — seria um sonho realizado conhecer o casal… e o bebé.”

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE