Coimbra, cidade marcada por uma geografia irregular e inúmeros desníveis, guarda sítios pouco conhecidos que merecem ser explorados. Um desses espaços é o Miradouro António Nogueira, situado na Rua António José de Almeida, próximo da casa onde nasceu o artista que lhe dá nome.
Inserido na zona residencial de Montes Claros, o miradouro oferece uma perspetiva privilegiada sobre a Alta de Coimbra. A partir deste miradouro, os visitantes podem contemplar, além do pôr do sol num ritmo lento, a cidade antiga, a arquitetura, por si só um quadro pintado ao longo dos séculos.
O miradouro foi nomeado em homenagem a António Manuel Raposo Galvão Nogueira, figura marcante na vida local. Cantor, professor e antigo presidente da Junta de Freguesia de Santa Cruz, António Nogueira — carinhosamente conhecido como “Tó Nogueira” — destacou-se também como intérprete das serenatas na Sé Velha entre 1981 e 1987, tornando-se um ícone da tradição académica coimbrã.
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“Miradouro” deriva do verbo latino mirari (admirar) e do sufixo -douro (lugar onde se faz algo). Em Coimbra, são vários os miradouros que proporcionam vistas amplas sobre telhados, colinas e monumentos, oferecendo cenários inspiradores tanto para os visitantes como para os residentes.
Para Joana Silva, moradora da zona, o local tem um encanto particular: “Venho aqui muitas vezes ao fim da tarde. É um sítio calmo, com uma vista que faz esquecer o ritmo apressado da cidade.”
O Miradouro António Nogueira está distante das rotas movimentadas da cidade, por estar numa zona residencial; o espaço permite uma perspetiva diferente. Quem o visita poderá ficar horas ou apenas cinco minutos a observar o quotidiano e a pulsação de uma cidade que não dorme, porque está sempre acesa pelos olhos de alguém a admirá-la.
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