No Dia Mundial da Criança, é lançado um alerta muitas vezes esquecido, mas de extrema importância: brinquedos demasiado barulhentos podem provocar danos auditivos irreversíveis nas crianças.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 60% dos casos de perda auditiva em idade pediátrica são evitáveis, apontando a exposição ao ruído excessivo como uma das principais causas que podem ser prevenidas com medidas simples e eficazes.
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Brinquedos eletrónicos, em particular, representam um risco significativo. Sons agudos, repetitivos e de elevada intensidade são comuns em muitos destes artigos lúdicos.
A American Sight and Hearing Association avaliou recentemente uma seleção de brinquedos populares e concluiu que a maioria ultrapassava os 85 decibéis — o limite considerado seguro para a audição humana.
Mais preocupante ainda, vários desses brinquedos atingiam níveis superiores a 100 dB, comparáveis ao ruído produzido por um martelo pneumático.
“Quando falamos de brinquedos que são utilizados muito próximos do ouvido, como telemóveis de brincar ou sirenes, o perigo aumenta exponencialmente. A exposição repetida a este tipo de sons pode ser suficiente para causar perda auditiva permanente”, alerta Celso Martins, audiologista e responsável técnico da Minisom.
Apesar dos riscos, um estudo realizado pelo Grupo Amplifon, em Espanha, revelou que mais de metade dos adultos que compram brinquedos para crianças não têm em consideração o volume sonoro como critério de escolha. Este desconhecimento agrava o risco de exposição a níveis de som potencialmente nocivos.
Como proteger a audição das crianças?
Para evitar danos auditivos, os especialistas recomendam:
- Evitar brinquedos que emitam sons superiores a 80 decibéis;
- Limitar o tempo de exposição a brinquedos sonoros;
- Nunca permitir que os brinquedos sejam usados diretamente junto ao ouvido;
- Optar por brinquedos com certificação sonora ou controlo de volume;
- Promover brincadeiras em ambientes mais calmos e supervisionados.
“A maior parte dos danos auditivos em crianças pode ser prevenida com informação e escolhas conscientes. Nem sempre é preciso eliminar os brinquedos sonoros, mas garantir que são seguros”, sublinha Celso Martins. “E quando surgem dúvidas, um rastreio auditivo precoce pode fazer toda a diferença.”
No âmbito do seu compromisso com a saúde auditiva em todas as idades, a Minisom disponibiliza rastreios auditivos gratuitos para crianças nos seus centros auditivos, com espaços adaptados e consultas especializadas em audiologia pediátrica.
Neste Dia Mundial da Criança, fica o apelo para que pais, educadores e cuidadores estejam atentos. A proteção da audição começa com a escolha de brinquedos seguros e com a promoção de um ambiente sonoro saudável desde os primeiros anos de vida.
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