Cidade

Estátua evocativa da Canção de Coimbra põe Câmara e Junta em rota de colisão

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 02-07-2020

A União de Freguesias de Coimbra (UFC) acusou, hoje, a Câmara Municipal de mentir por esta dizer que uma escultura alusiva ao fado foi retirada do largo de Almedina por motivo de obras.

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A estátua, alusiva a uma guitarra, evocativa da Canção de Coimbra, a montante da rua de Ferreira Borges, foi retirada do local pela Câmara, alegou, em recente reunião da Assembleia Municipal, o presidente da UFC, João Francisco Campos (PSD).

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“Depois de não ter querido responder no local próprio (…), vem a Câmara, mais uma vez a reboque dos acontecimentos, repudiar as palavras da UFC usando da mentira”. alega, em comunicado, a sobredita Junta.

Segundo a referida União de Freguesias, a principal autarquia de Coimbra também mente “quando diz que tudo foi articulado com o escultor” ou “quando afirma que a UFC foi consultada sobre relocalização de estátuas” (a da guitarra e a da tricana).

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“A União de Freguesias de Coimbra não aceita que peguem na escultura da Tricana, paga pelas gentes de Almedina, e a levem para outro local”, acrescenta o comunicado.

Da mesma forma, prossegue a nota de Imprensa, a UFC “não entende a retirada da estátua” evocativa da Canção de Coimbra “por aquele que é o motivo verdadeiro – abertura do Centro de Arte Contemporânea”.

“O que a UFC não aceita é que seja posto em causa o bom nome dos seus elementos”, advertem os autarcas João Francisco, Carlos Pinto, Américo Petim, Manuel Lobão e Helder Abreu.

Ao traçarem uma “linha vermelha”, os membros do órgão executivo da UFC exortam a vereadora Carina Gomes a “pedir desculpa ao povo de Almedina” e “a ter a coragem de devolver (…) o que retirou”.

A Câmara expressa a intenção de “deslocalizar a escultura” evocativa da Canção de Coimbra para a zona onde se encontra actualmente a escultura da tricana, passando esta última para o largo da Sé Velha, assim que concluídas as obras de reabilitação e valorização daquela zona urbana (classificada como Património da Humanidade da UNESCO).

“Este plano”, prossegue a principal autarquia de Coimbra, “foi desenvolvido em articulação com o escultor Celestino Alves André, tendo merecido a sua concordância”.

Quanto à UFC, previamente informada, segundo o Município, na medida em que “não terá concordado com as futuras localizações, solicitou à Câmara que procedesse à devolução da escultura (…) removida”. 

A Câmara Municipal de Coimbra acrescenta entender ter apresentado “as melhores soluções para as novas e dignas localizações destas esculturas, tanto que foram aceites pelo escultor, mas já transmitiu à União de Freguesias, a 25 de Junho, estar, naturalmente, disponível para considerar/acordar outras (…) mais adequadas, aguardando, neste momento, resposta a essa comunicação”.

Por estas razões, conclui a Câmara Municipal, a vereadora Carina Gomes “lamenta este incidente, criado pela obstinação do presidente da UFC, sem qualquer fundamento razoável e apenas com objectivo mediático, repudiando veementemente as acusações proferidas por este autarca”.

 

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