O Governo cancelou a reunião de terça-feira, 27 de maio, com os sindicatos dos motoristas dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra.
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A indicação foi dada na manhã de segunda-feira, 26 de maio, e apanhou os motoristas dos SMTUC no arranque de um período de 5 dias de greve.
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Confiantes de que neste encontro fosse possível dar início ao processo de revisão das suas carreiras profissionais, e consequente cancelamento do protesto no resto da semana, os trabalhadores decidiram manter o protesto até sexta-feira, 30 de maio.
”Estão a empatar-nos e a brincar connosco”, disse ao NDC o porta-voz João Soares.
O sindicalista disse que este é o segundo adiamento decidido pelo Governo. O primeiro ocorreu logo após o dia do apagão nacional, “e que os trabalhadores compreenderam e aceitaram”. Já este cancelamento “caiu mal” no seio dos motoristas, já que invocaram para a sua não realização “o facto de ainda não ter tomado posse o novo Governo”.
João Soares referiu que, quando ocorreu a primeira reunião em Coimbra, “o Governo já estava demissionário”. Nesse encontro, que decorreu na câmara de Coimbra, ficou decidido que a Secretaria de Estado da Administração Local iria elaborar um documento sobre a revisão das carreiras para que, após a tomada de posse, o novo Governo pudesse avançar com essa solução.
Entre a primeira e a segunda reunião efetivamente realizada, os trabalhadores enviaram as suas propostas. Só que, no segundo encontro, o Governo desculpou-se com o facto de não estarem todos os sindicatos presentes para não apresentar uma proposta.
”Como estamos a sentir-nos usados, decidimos manter a greve pelo período de 5 dias”, afirmou, aproveitando para pedir desculpa à população pelos efeitos que esta greve irá ter durante a semana.
Sobre a adesão dos trabalhadores na primeira manhã de protesto, João Soares revelou que dos 104 autocarros só saíram dois. “Uma adesão esmagadora”, frisou o porta-voz que se mostrou esperançado em que os níveis se mantenham até ao final da semana.
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