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Política

Estado da Nação: Ministro da Cultura considera que Governo responde com soluções gradualistas aos problemas estruturais do país

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 20-07-2022

O ministro da Cultura considerou hoje que o Governo responde com soluções gradualistas aos problemas estruturais do país e, numa linha de demarcação face à direita política, acentuou que o executivo atua sem procurar alimentar divisões.

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“É um Governo que não alimenta divisões. Aliás, já passou o tempo em que se punham uns contra os outros, novos contra velhos, funcionários do setor privado contra funcionários públicos, tratando grupos de trabalhadores inteiros como bode expiatório”, declarou Pedro Adão e Silva no encerramento do debate sobre o estado da nação na Assembleia da República.

Na sua intervenção, o ministro da Cultura recusou a ideia de que o executivo esteja enclausurado na sua maioria absoluta, salientou o princípio da abertura ao diálogo e defendeu a tese de que “as reformas que perduram, aquelas que mudam o país, não são as que são feitas contra as pessoas, mas as que assentam no diálogo social”.

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“Não confundimos o mandato que temos para governar com um Governo enclausurado na sua própria maioria. É nossa missão unir e mobilizar as energias do país”, sustentou.

Segundo Pedro Adão e Silva, no atual período histórico “cheio de adversidades”, o seu Governo tem como missões, simultaneamente, “modernizar o país e proteger as pessoas”.

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“Não disfarçamos as dificuldades, mas também não as tememos. Já foi assim quando ninguém acreditava que fosse possível ter as contas certas, gerir os riscos do sistema financeiro e pôr o emprego a crescer. Já foi assim na pandemia, com determinação e serenidade. E foi assim também nestes últimos dias, face a uma vaga de incêndios de contornos preocupantes”, exemplificou.

Neste contexto, Pedro Adão e Silva advogou que este é um Governo “com energia reformista – mas a medida de uma boa reforma não é o descontentamento social”.

“Pelo contrário, uma boa reforma é aquela que resiste ao tempo e que não é revogada à primeira oportunidade. Para os problemas do país, é preciso ter respostas construídas passo a passo, com o empenhamento de todos. Essa é a nossa ideia de reformismo. Para problemas estruturais, soluções graduais e ação concreta”, frisou.

Depois, o ministro da Cultura citou mais de uma dezena de medidas tomadas pelo seu Governo nos últimos três meses e meio, o que motivou uma breve interrupção por protestos ruidosos de deputados da oposição.

“Vão permitir-me a referência, mas tudo isto me faz lembrar a velha rábula dos Monty Python”, realçou.

De acordo com o membro do Governo, “tirando um Orçamento do Estado e um acordo de parceria com a Comissão Europeia; tirando as medidas para conter o aumento dos combustíveis e da eletricidade; tirando o reforço do rendimento dos mais vulneráveis; tirando a valorização das qualificações; tirando uma reforma administrativa profunda, que descentraliza competências; tirando um acordo de mobilidade que responde às necessidades do mercado de trabalho, tirando isso – o que é que o governo fez pelo país em 100 dias?”, questionou.

O ministro da Cultura advertiu também que o compromisso do seu executivo não é apenas com o tempo curto, já que o horizonte de ação é 2026.

Destacou, também, que esta é uma legislatura de responsabilidade acrescida também porque neste período se cumprem 50 anos do 25 de Abril.

Perante os protestos da bancada do Chega, Pedro Adão e Silva disparou: “Eu sei que os senhores vivem desconfortáveis por a democracia ter 50 anos, é da vida”.

“Temos hoje um Portugal muito mais moderno, com mais inclusão social, com gerações mais novas muito mais qualificadas, um país muito mais inserido no contexto europeu e internacional. Já percorremos um longo caminho”, observou.

No entanto, para o titular da pasta da Cultura, Portugal ainda precisa de convergir com os países mais avançados da Europa, de ser mais competitivo e mais inovador.

Como desafios, apontou também a dignificação o trabalho, a valorização das qualificações, uma melhor proteção dos mais idosos e maior coesão territorial.

“Da nossa parte, temos a energia necessária para fazer face às dificuldades e a vontade essencial para conduzir as mudanças de que o país precisa. Mas a maioria de diálogo conta com todos”, acrescentou.

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