Estudos recentes mostram que as escovas de dentes são verdadeiros ecossistemas microbianos, abrigando milhões de bactérias, fungos e vírus, incluindo o vírus da herpes labial e o fungo causador da candidíase.
Segundo os especialistas, uma escova usada acumula microrganismos provenientes de três fontes principais: a boca do utilizador, a pele e o ambiente onde a escova é guardada. Mesmo escovas novas podem já conter bactérias antes de serem usadas.
A maioria dos micróbios encontrados é relativamente inofensiva, mas alguns podem ser prejudiciais à saúde, incluindo estreptococos e estafilococos que causam cáries, ou Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae, normalmente associadas a infeções estomacais e hospitalares.
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O ambiente do banheiro é particularmente propício à contaminação. Cada descarga do vaso sanitário pode lançar gotículas transportando bactérias e vírus, como o coronavírus ou o vírus da gripe, que podem atingir escovas de dentes próximas. Especialistas alertam que não se deve partilhar escovas e que as escovas devem ser mantidas afastadas umas das outras, relata a BBC.
Algumas pesquisas apontam ainda para soluções inovadoras, como escovas com revestimentos probióticos que ajudam a equilibrar a comunidade microbiana, protegendo contra bactérias nocivas e cáries.
Apesar do risco de contaminação, os especialistas sublinham que a maioria das pessoas não adoece por causa da escova de dentes, sendo o perigo maior para indivíduos com sistema imunológico comprometido.
Por fim, os investigadores aconselham atenção à higiene da escova e à frequência da sua substituição, garantindo uma escovagem mais segura e saudável.
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