Um simples beijo num recém-nascido — gesto comum entre familiares e amigos — pode representar um risco sério para a saúde do bebé. O alerta foi deixado pelo médico Karan Rajan, que se tornou viral no TikTok ao explicar porque é que apenas os pais (e mesmo estes com cautela) devem beijar um bebé nos primeiros meses de vida.
No vídeo, Rajan começa por mostrar uma tia a colocar película aderente na boca antes de beijar o sobrinho, um gesto que muitos acharam exagerado, mas que o médico diz ter fundamento científico: “Ficarão chocados com o número de pessoas que não sabem isto, e esta informação é extremamente importante”.
Segundo o especialista, todos sabemos que devemos lavar as mãos antes de tocar num recém-nascido, mas há outra regra essencial: não beijar o bebé, a menos que se trate dos pais ou de quem cuida dele diariamente. E mesmo estes devem evitar beijos se estiverem doentes ou com sintomas como feridas ativas, diarreia ou vómitos.
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Rajan explica que o sistema imunitário dos recém-nascidos está “a passar por uma atualização de software”: é muito imaturo e tem poucas defesas contra vírus e bactérias comuns para adultos. Além disso, a barreira hemato-encefálica — que protege o cérebro de infeções — ainda não está totalmente formada, o que torna problemas aparentemente ligeiros, como uma constipação, potencialmente perigosos e até fatais, como consta na Women’s Health.
Os bebés já recebem estímulos imunitários suficientes através do leite materno e do ambiente doméstico, pelo que não precisam de ser expostos aos micróbios que podem passar através de beijos vindos de visitantes.
A recomendação do médico é clara: amigos e familiares devem esperar entre dois a três meses antes de beijar um recém-nascido. Este período permite que o sistema imunitário do bebé ganhe força e reduza significativamente o risco de complicações graves.
A publicação gerou milhares de reações, incluindo de profissionais de saúde. “Eu odeio ver isso!!!”, comentou uma enfermeira neonatal. “Como parteira, OBRIGADA!!!”, escreveu outra utilizadora.
O recado fica dado: carinho sim, mas com distância — pelo menos nos primeiros meses de vida.
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