Coimbra

Carlos Roberto Loiola vence Prémio Literário Carlos de Oliveira

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 08-06-2016

“A estrambótica aventura do senhor Martius Von Gloeden”, da autoria de Carlos Roberto Loiola, venceu a quarta edição do Prémio Literário Carlos de Oliveira promovido pelo Município de Cantanhede.

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carlos loila

Na ata da decisão, o júri refere que “a obra se distingue pela sua capacidade de efabulação e trabalho sobre a linguagem, que reproduz ficcionalmente o discurso, as superstições e a visão do mundo de um camponês (caipira) de Minas Gerais”, e destaca “a riqueza compositiva e narrativa do romance, ambientado no Brasil imperial.”

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Natural da cidade de Pouso Alegre, no estado brasileiro de Minas Gerais, Carlos Roberto Loiola é Juiz de Direito em Belo Horizonte e “A estrambótica aventura do senhor Martius Von Gloeden” assinala a sua estreia como romancista.

Quando soube da atribuição do Prémio Literário Carlos de Oliveira, o autor declarou a intenção de vir a Portugal recebê-lo numa manifestação de júbilo em que faz referência ao protagonista do seu livro.

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Na mensagem pode ler-se que “tal como o senhor Von Gloeden, tão obstinado em sua paixão pelas orquídeas, ao ponto de enfrentar destemidamente mortíferos penhascos, terríveis desfiladeiros, monstros assustadores, árvores gigantescas destas Gerais, diante da imensidão da alegria que me toca neste distinto momento, não será obviamente o Oceano Atlântico obstáculo suficiente a impedir-me de comparecer a tão jubiloso evento de premiação, agradecer humilde e pessoalmente tão alta distinção a mim conferida.”

Criado pelo Município de Cantanhede para estimular a criação literária e, simultaneamente, homenagear um dos grandes vultos da literatura portuguesa do século XX, o Prémio Literário Carlos de Oliveira, de periodicidade bienal, é aberto à participação de autores de qualquer dos países de língua oficial portuguesa, que podem concorrer com apenas uma obra, inédita e não editada, em prosa narrativa (conto ou romance). Com um valor de 5.000 euros, o prémio é integralmente suportado pela autarquia, que, nos termos do regulamento, assegura também a edição da obra vencedora.

Constituíram o júri da quarta edição o vereador da Cultura, Pedro Cardoso, em representação do presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Silvestre, professor universitário indicado pela família na qualidade de responsável científico pelo espólio de Carlos de Oliveira, José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, António Apolinário Lourenço, académico dedicado ao estudo da obra do escritor, e, a convite do Município de Cantanhede, Arsénio Mota, vencedor da primeira edição do prémio literário.

Das 24 obras concorrentes, foi ainda distinguida com uma menção honrosa “O Sebo”, da autoria de Geraldo Osorio Leite de Andrade, um engenheiro civil de Caruaru, no estado brasileiro de Pernanbuco. A distinção é justificada pelo facto de o livro “explorar criativamente o modelo de romance policial, revelando uma convincente capacidade de criação de personagens e ambientes, através de uma linguagem sóbria e de um ritmo narrativo consistente”.

Nas edições anteriores venceram o Prémio Literário Carlos de Oliveira Crime e Revolução, do historiador, escritor e poeta brasileiro Carlos Roberto da Rosa Rangel, “O Novíssimo Testamento”, do escritor Mário Lúcio Sousa, atual ministro da cultura de Cabo Verde, e “Quase Tudo Nada”, do escritor, jornalista, cronista, poeta e ensaísta português Arsénio Mota.

 

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