Educação

Escolas Superiores de Educação promovem jornada nacional em defesa do ensino politécnico

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 16-01-2014

 As Escolas Superiores de Educação (ESE) promovem hoje a primeira Jornada de Reflexão para mostrar que as declarações do ministro Nuno Crato, em dezembro, sobre o sistema de formação de professores e a qualidade dos licenciados das ESE “são injustas”.

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As ESE, que integram a Associação de Reflexão e Intervenção na Política Educativa das Escolas Superiores de Educação (Aripese), vão parar “a sua atividade normal” às 16:00 e, durante 12 minutos – “o mesmo tempo que durou a entrevista de Nuno Crato à RTP [em dezembro]” -, vão distribuir folhetos com informação e dados a explicar e a clarificar “a importância e os contributos das ESE”, explicou Rui Matos, presidente da Aripese.

Em causa está uma entrevista do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, à RTP, a 18 de dezembro, dia da prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC) dos professores, em que o responsável falou sobre o sistema de formação de professores e as licenciaturas não universitárias.

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Na entrevista, o ministro afirmou que “o sistema de formação de professores tem, neste momento, várias falhas”, entre as quais a preparação dos candidatos à entrada para os cursos de habilitação à docência, que, segundo o responsável pela pasta da Educação, devem, pelo menos, prestar provas a Português e Matemática para poder aspirar a lecionar no Ensino Básico e Secundário.

Também a preparação à saída do curso suscitou dúvidas ao ministro, sobretudo se as licenciaturas não forem universitárias.

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“A dúvida incide sobre esses licenciados”, admitiu Nuno Crato na entrevista à RTP, questionando depois: “Sempre que se faz um exame está-se a dizer que não se confia”?

A jornada é apenas a primeira de outras ações “de reflexão, discussão e clarificação” que as ESE vão realizar ao longo do ano letivo.

“A educação nunca é demais. Se se acha que se gasta muito com a educação, é importante ver quanto dinheiro se perde com a ignorância”, frisou Rui Ramos.

Entre outras, participam na jornada as escolas de Castelo Branco, Coimbra, Faro e Setúbal.

“Nós somos sujeitos às mesmas avaliações dos cursos universitários, temos de obedecer aos mesmos critérios de qualidade. E, além disso, os Institutos Politécnicos têm um papel muito importante ao nível da democratização do acesso ao ensino superior, dando resposta a populações que, de outra forma, não teriam acesso ao ensino superior”, disse à Lusa Joana Brocardo, diretora da Escola Superior de Educação de Setúbal.

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