Coimbra

Escola Superior de Enfermagem diz stop às úlceras por pressão

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 15-11-2018

Reduzem a qualidade de vida dos doentes, bem como dos respetivos cuidadores, causam sofrimento, aumentam a prevalência de infeções, acarretam encargos económicos, sociais e profissionais e, em situações derradeiras, podem até levar à morte.

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São as úlceras por pressão, que constituem um problema de saúde frequente, quer em doentes institucionalizados, quer em doentes de cuidados domiciliários, que se encontram maioritariamente acamados/sentados e, muitos, completamente imobilizados.

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Chamar a atenção para o problema e para a necessidade de se prevenir e tratar eficazmente este tipo de feridas foi o objetivo de estudantes e professores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) que, ontem, se reuniram para uma fotografia humana (IMAGEM EM ANEXO) que forma a palavra “stop” (parar).

Luís Paiva, professor da ESEnfC especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica, refere que «ainda existem poucos dados sistematizados em Portugal que nos possam dar uma visão da real dimensão e evolução das lesões por pressão», mas adverte que os dados mais recentes apontam para «a urgência de se atuar nesta área, nomeadamente para a necessidade de se utilizarem instrumentos precisos para avaliar o risco e assim se prevenir a instalação de feridas».

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«A prevalência estimada de feridas é de 3,3 portadores de feridas por 1000 habitantes e as lesões por pressão rondam os 0,7 portadores por 1000 habitantes, sendo que às categorias mais graves correspondem por vezes as maiores percentagens. Quanto à sua localização, continuam a aparecer preferencialmente na região sagrada e nos calcâneos, mas também em locais como o occipital», esclarece Luís Paiva, referindo-se a dados de um estudo de âmbito nacional, realizado em 2014 e conduzido pelo professor da Universidade Católica, Paulo Alves.

Segundo o professor da ESEnfC, um dos docentes da pós-graduação em Tratamento de Feridas, «a situação atual», quer nos hospitais, quer nas diferentes regiões do país, «mantém-se sensivelmente idêntica» de acordo com os estudos nacionais que vão sendo desenvolvidos, «podendo afirmar-se apenas que a prevalência se apresenta ligeiramente superior à obtida em outros estudos realizados há mais anos».

Nos últimos anos, a ESEnfC tem vindo a comemorar este dia com o objetivo de sensibilizar a comunidade para o problema das lesões por pressão, com atividades dirigidas a profissionais de saúde e à população em geral, incluindo ações em locais públicos.

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