Escolas
Escola de Soure em silêncio após invasão e professora pede direito de resposta 10 dias depois

O NDC publicou o direito de resposta relativo à notícia divulgada no dia 1 de outubro, com o título “‘Professor’ sérvio invade escola do distrito de Coimbra”, ao abrigo do disposto nos artigos 24.º e seguintes da Lei n.º 2/99, de 13 de janeiro (Lei de Imprensa).
Embora, nos termos do artigo 24.º, n.º 4, da Lei de Imprensa, o direito de resposta e retificação pudesse ser considerado prejudicado — uma vez que foi facultada a oportunidade de prestar esclarecimentos e de o pedido de direito de resposta da professora Ana Maria Carvalho Freitas Oliveira ter sido apresentado 10 dias após a publicação da referida notícia, o NDC decidiu proceder à publicação integral, em respeito pelos princípios da transparência, do contraditório e do pluralismo informativo.
O jornal adiantava que a Escola Básica de Granja do Ulmeiro, no concelho de Soure, foi palco de um episódio alarmante que deixou pais e encarregados de educação em choque, no dia 29 de setembro.
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Um homem conseguiu saltar os muros da escola e infiltrar-se no primeiro andar, entrando diretamente numa sala de aula onde se encontravam apenas crianças, sem qualquer supervisão de adultos.
Antes da publicação da notícia, o NDC contactou o Agrupamento de Escolas de Soure e a Escola Básica da Granja do Ulmeiro, através de mensagem de correio eletrónico enviada às 21:25 do dia 30 de setembro, com o objetivo de recolher esclarecimentos sobre o incidente ocorrido.
As questões colocadas diziam respeito: a ausência de supervisão no momento do incidente; a medidas adotadas para garantir a segurança das crianças; à comunicação do sucedido às autoridades competentes; a eventuais instruções dadas aos alunos para não divulgarem o ocorrido.
Foi igualmente indicado que o prazo para resposta terminaria às 11:00 do dia 1 de outubro, de modo a permitir a publicação atempada da notícia.
O Agrupamento de Escolas Martinho Árias respondeu, esclarecendo que as autoridades foram chamadas e que a escola mantém as suas condições habituais de segurança: “A escola deu a resposta adequada, chamando as autoridades, que tomaram as diligências necessárias. A escola continua a ser um lugar seguro. Durante a ocorrência, os alunos encontravam-se, como habitualmente, a desenvolver as atividades letivas com os respetivos titulares.”
A Escola Básica da Granja do Ulmeiro optou por não responder ao contacto enviado.
Entretanto, o jornal jáenviou um email a solicitar esclarecimentos à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares – Direção de Serviços Região Centro, relativamente à ausência de resposta da Escola Básica da Granja do Ulmeiro e às circunstâncias que levaram à apresentação tardia de um direito de resposta pela docente Ana Maria Carvalho Freitas Oliveira, 10 dias após a publicação da notícia intitulada “‘Professor’ sérvio invade escola do distrito de Coimbra”.
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