A candidata presidencial Joana Amaral Dias denuncia a sua exclusão dos debates televisivos organizados pela RTP, SIC e TVI, classificando esta decisão como “um escândalo democrático” e um “boicote mediático deliberado” que visa silenciar vozes independentes e condicionar a escolha dos portugueses.
“Os media parecem querer eleger o próximo Presidente da República antes sequer de o país votar. Isto não é jornalismo — é manipulação”, acusa Joana Amaral Dias.
As três principais estações de televisão anunciaram grelhas de debates que ignoram por completo a candidatura de Joana Amaral Dias, lançada a 10 de junho, apesar de esta ter propostas concretas e presença ativa no debate público.
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A candidata considera inaceitável que as televisões façam distinção entre “candidatos de primeira linha” e “candidatos de segunda linha”, violando o princípio da igualdade de oportunidades e o direito à informação. Para Joana Amaral Dias, esta exclusão é “um boicote político e mediático” que pretende calar quem pensa de forma livre e crítica.
“Não há democracia plena quando os media impõem o silêncio a quem quer discutir o essencial. O debate político não se faz de alinhamentos — faz-se de ideias”, sublinha.
Desde o anúncio da candidatura, Joana Amaral Dias tem promovido debates reais sobre o futuro de Portugal, através das suas plataformas digitais e encontros com cidadãos, abordando temas centrais como a saúde pública, a segurança, a execução do PRR, a fiscalização das instituições e a reforma política necessária para tirar Portugal da cauda da Europa.
“Enquanto os canais preferem o espetáculo político, nós falamos de propostas. Falamos do país real, das pessoas reais e das soluções que Portugal precisa”, acrescenta.
A candidata recorda que os debates presidenciais são um direito democrático, e que excluir candidatos por conveniência editorial ou por critérios de popularidade é inaceitável num Estado de Direito.
“Não são 30 minutos de frente-a-frente que permitem discutir o futuro de um país. Curiosamente, até os debates das eleições do Benfica tiveram mais tempo de antena do que os debates para a Presidência da República”, ironiza.
Joana Amaral Dias apela à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) que façam cumprir a lei e garantam o respeito pelo pluralismo e pela igualdade entre candidaturas.
“A democracia exige transparência, debate e pluralismo. Silenciar vozes incómodas é trair os princípios da República”, conclui.
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