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Episódio em Miranda do Corvo “foi dos mais desafiantes” do “Terra Nossa” de César Mourão

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 6 meses atrás em 22-10-2023

O programa “Terra Nossa” da SIC, conduzido por César Mourão esteve por terras mirandenses. Na noite de quinta-feira, 31 de agosto, a Casa das Artes, em Miranda do Corvo, recebeu o apresentador e a sua equipa para mostrarem o que este concelho tem para dar.

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A maior sala daquele espaço cultural ficou com lotação esgotada, cerca de 260 lugares, para uma noite repleta de risos, piadas e de humor. O concelho mirandense é o 14º episódio. O apresentador conheceu as gentes e os hábitos desta região do país. O episódio foi este sábado, 21 de outubro, transmitido na SIC.

Fora dos ecrãs e do que foi transmitido, Bruno Jerónimo, que faz parte da produção, aqueceu o público para César Mourão. “Fomos muito bem recebidos”, começa por contar. “Tivemos muitos desafios. Posso mesmo dizer que Miranda do Corvo foi dos mais desafiantes”, explica, dizendo que “encontraram de tudo um pouco”.

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Hora do espetáculo. O humorista agradece, pois sentiu-se “bem recebido” em Miranda do Corvo: “Não havia um sítio onde eu parasse e não me perguntassem: ‘Quer comer ou beber alguma coisinha?'”.

No programa ouvem-se histórias contadas na primeira pessoa. E quem deu início foi Maria da Nazaré Seco, vive em Semide, e durante o programa ficou conhecida como “sexóloga”, pois tem uma teoria muito específica sobre os homens. “Não podem comer frango. Só pito, porque depois perdem a tesão”, mas com um pouco de picante a “coisa” pode lá ir.

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Beijoqueira de natureza, pertence ao ao rancho da terra e ao coro da igreja há 32 anos. Mas não acaba a sua intervenção sem dizer que César Mourão lhe “marcou o coração”.

Quem contou também um pouco da sua história foi José Silva, conhecido por “Chola”. É carpinteiro na autarquia, mas sonhava ser camionista.  Foi para a Casa do Gaiato com seis anos e só saiu de lá quando casou com a “Dona Odete”. “Conheci-a numa excursão que já não havia lugar para mim”. Questionou se ainda havia vaga no qual o responsável lhe diz: “Por acaso tiveste sorte”, houve uma pessoa que faltou e o José podia ir no lugar dela e eis que se senta perto de Odete. A visita era até à Serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz. Começa assim uma história de amor.

Segue António Galante, coveiro, que pede que “morra gente todos os dias”. “Se não morrer estou ‘trabalhado’, porque não como”, explica.

Conta que uma vez lhe pregaram “uma partida de mau gosto” e que na altura “não aceitou”, mas ri-se agora da história. Foi no dia 1 de abril. Telefonaram-lhe para ir rápido a um supermercado e quando chega vê imensas pessoas. “Tudo a olhar para um pilar que lá estava. Tiraram-me uma fotografia” e fizeram um aviso de que tinha morrido: “Faleceu António Galante. Suas esposas, seus filhos e restante família e daquelas que participam das suas relações de amizade no seu falecimento. O corpo do saudoso extinto encontra-se em câmara-ardente no Salão Nobre da Junta de Freguesia de onde hoje, dia 1, às duas horas, será transladado para a Igreja Paroquial para as cerimónias religiosas. Finda a qual vai em comemoração a sepultar no seu local de trabalho”.

Mas há histórias arrepiantes. Ouviu-se “uma música debaixo da terra”. “A senhora já tinha andando a escavar à volta da sepultura e cada vez que escavava ouvia-se melhor a música”, relata. “Se eu não visse, não acreditava, ganhei um bocadinho de medo”. O encarregado que estava com António Galante aconselhou-o a ir buscar uma vassoura para varrer à volta da campa, porque tinha muitas folhas. “Peguei numa coisinha rija e começo a ver uma folha de rosa de plástico e com uma pilhazinha atrás e aquilo começa a cantar-me na mão os parabéns a você”. “Tinha voado de outra jarra e foi cair ao pé daquela campa”, recorda.

António Bento, ou Tómané, é “cantor internacional”, pois já foi “muitas vezes a Lisboa”, diz a rir-se. E é talhante, em Coimbra, e neste ramo é conhecido pelo “homem da chicha”. Tem uma banda onde atuam em bailaricos e arraiais – os Kibomba. E já foi árbitro de futebol 11 e não se deixa corromper… “só por dinheiro”, comenta.

Eis que é a vez de Libanea Carvalho, adepta ferranha do S.L. Benfica, coisa que César não o é. “Já estou mal disposta só de estar ao pé de si, por saber que é do Sporting”, no qual o apresentador lhe responde: “Para mim foi o melhor início de alguma conversa já feita neste programa”.

E para quem não sabe tem três maridos: “Um que vem trazer o cheque de manhã, o outro anda por lá e o outro só faz uma visita de manhã…”, descreve. 

Recorre muitas vezes à Câmara Municipal para reportar o que acha que deve ser melhorado. “São todos muito boas pessoas”, diz. As reclamações dizem, maioritariamente, respeito à igreja que “está sempre às escuras”, “as lâmpadas estão fundidas”. O vereador Rui Godinho é quem recebe as queixas.

David Rodrigues ou “México” tem um restaurante, “O Beco do Tintol”, na Aldeia de Xisto de Grondramaz. Conta as suas aventuras e demora “quilómetros” para explicar o porquê da alcunha.

Como é hábito no programa, César Mourão grava uma música no final do programa. Esta foi dedicada a “Chola”.

Pode (re)ver o programa aqui.

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