Entre um café e outro, no simples prazer do dia a dia, sem precisar ter ideias elaboradas ou estar em festas luxuosas, o verdadeiro valor da vida está nas pequenas coisas, no desconhecido que existe além do que imaginamos.
Ao relembrar minha infância, quando sonhava com grandes viagens e espetáculos, percebi como apreciava a arte e valorizava as coisas simples, como saborear uma fruta fresca colhida do pé. Acreditava que minha transformação poderia inspirar o mundo a se reinventar, com pessoas pensando em grandes revoluções.
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Em algum momento, farei o impensável, partirei em voos mais altos. Consciente do privilégio que é ter saúde, dinheiro e liberdade para viver sem preocupações.
Viver é extraordinário, e a boa saúde apenas amplia a alegria. Assim como apreciar os sapatos novos para cada ocasião e ler bons livros. Sentir a música de um clássico na rádio, desacelerar para apreciar o nascer e o pôr do sol.
Ainda me sinto jovem e surpreendentemente tranquila. O que tem de ser, um dia será. Aproveitarei dias com roupas ecléticas, desembarcando de um transatlântico na costa italiana e apreciando as belas palavras em timbres vibrantes. Para essa jornada, levo comigo meu humor simples e a serenidade de estar presente em todos os momentos, sem deixar a mente vacilar, desejando reencontrar o presente comum.
Não sei o que os outros desejam da vida, mas a paz de ter uma consciência tranquila como cidadã e pessoa, faz-me gostar da imagem que vejo refletida no espelho.
OPINIÃO | ANGEL MACHADO – JORNALISTA
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