Saúde

Entrar em Medicina nesta Universidade já exige média de anjo da guarda

Notícias de Coimbra | 33 minutos atrás em 14-09-2025

O curso de Medicina da Universidade do Porto volta a ser a formação com a nota média de acesso mais elevada, já que o último aluno a conseguir entrar na 2.ª fase do concurso nacional tinha uma média de 19,38 valores.

Apenas três alunos entraram no mestrado integrado de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto (UP), segundo os resultados da 2.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) divulgados hoje pela Direção-Geral de Ensino Superior (DGES).

Mas esta não é a única formação em que agora só entraram alunos com médias acima de 19 valores, numa escala de zero a 20: Há outros dois cursos na Universidade do Porto e um na Universidade de Lisboa em situação semelhante.

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O último aluno a entrar na licenciatura de Engenharia e Gestão Industrial, da Faculdade de Engenharia da UP, tinha uma média de 19,35 surgindo assim em segundo lugar no ‘ranking’.

Em terceiro lugar aparece outro curso também reconhecido por ser dos mais difíceis de entrar devido às elevadas médias de acesso que é o curso de Engenharia Aeroespacial, no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa.

Nesta 2.ª fase entraram apenas dois alunos, sendo que a média mais baixa foi de 19,25 valores.

Finalmente, entraram quatro alunos no mestrado integrado de Arquitetura, da UP, e a média mais baixa foi de 19,18.

No total, há 29 cursos em que agora entraram 109 estudantes com notas de excelência, já que os alunos com a média mais baixa tinham, no mínimo, 18 valores.

Na 1.ª fase do CNAES, Engenharia Aeroespacial na Universidade do Porto foi o curso com a média mais alta: 19,43 valores, seguindo-se cursos de Medicina, Matemática Aplicada à Economia e Gestão ou Bioengenharia como as formações em que só ficaram colocados alunos com uma média mínima de 18 valores.

Olhando para esta 2.ª fase e para as formações com médias mais baixas destacam-se 36 cursos em que houve alunos que se candidataram com uma média inferior a 11 valores e conseguiram um lugar.

No topo desta “tabela” surge a licenciatura em Ciências Florestais e Recursos Naturais, da Escola Superior Agrária de Coimbra do Instituto Politécnico de Coimbra, em que entrou apenas um aluno com 10 valores, ficando as restantes 14 vagas por ocupar.

Mas houve ainda outros 80 cursos que disponibilizaram 1.721 vagas e não viram nenhum aluno agora colocado, sendo a grande maioria das formações oferecidas por institutos politécnicos e apenas 14 por universidades.

Nesta 2.ª fase do CNAES apenas metade dos mais de 16 mil candidatos ficou colocada numa instituição de ensino superior pública, sendo que sobraram 9.313 vagas, que poderão voltar a estar disponíveis para os alunos que se candidatem à 3.ª fase.

Os alunos agora colocados devem realizar a matrícula e inscrição entre os dias 15 e 17 de setembro, já para os que querem tentar a 3.ª fase, as vagas serão divulgadas a 22 de setembro no site da DGES.

Os dados hoje divulgados mostram que continuam a ser as áreas da saúde e de ciências empresariais que mais atraem os jovens: Para os diferentes cursos da área da saúde concorreram em 1.ª opção 2.614 jovens, tendo ficado colocados menos de metade (1.042) , assim como houve 2.594 candidatos que colocaram como 1.ª escolha cursos das ciências empresariais, tendo ficado colocados 1.553.

Somando as duas fases do concurso, há até agora pouco mais de 52 mil caloiros, o que representa quase menos cinco mil estudantes do que no ano passado. 

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