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Enfermeira que abandonou bebé em Leiria já tinha feito o mesmo há 1 ano atrás

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 horas atrás em 27-10-2025

Imagem: depositphotos.com

A mulher de 27 anos que deixou o filho recém-nascido no quartel dos Bombeiros Sapadores de Leiria já tinha vivido uma situação semelhante há cerca de um ano, quando deu à luz no Hospital de Beja e entregou o bebé ao sistema de adoção.

De acordo com o Correio da Manhã, a mulher é cidadã brasileira, com situação legal em Portugal, e residia em Sines na altura do nascimento do primeiro filho. Após o parto, permaneceu alguns dias no hospital, mas acabou por ausentar-se, deixando a criança aos cuidados das autoridades, que a encaminharam para adoção.

Mais recentemente, a jovem mudou-se para Leiria, onde arrendou um quarto nos arredores da cidade. Na madrugada de segunda-feira passada, deixou o recém-nascido junto à central de comunicações dos bombeiros, num local seguro e visível, acompanhado de um saco com fraldas e leite.

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Horas depois, a mulher foi localizada pela PSP, que a encontrou com as malas prontas para abandonar a cidade. Foi conduzida à esquadra, constituída arguida pelo crime de exposição e abandono de menor e, após prestar declarações, foi encaminhada para o hospital, onde recebeu acompanhamento médico.

O bebé, encontrado em boas condições de saúde, foi transportado para o Hospital de Leiria, permanecendo em observação durante vários dias. A mãe visitou o filho no início da semana, acompanhada por técnicos da Segurança Social. Na quinta-feira, a criança foi entregue a uma família de acolhimento, enquanto se aguarda decisão judicial sobre o seu futuro.

Portugal dispõe de um mecanismo legal que permite o parto anónimo em hospitais, conhecido como “entrega confidencial”, criado para evitar abandonos perigosos e proteger tanto as mães como os recém-nascidos. Contudo, muitas mulheres continuam a desconhecer este direito ou a enfrentar barreiras de acesso à informação e ao apoio social.

As autoridades e a Segurança Social continuam a acompanhar de perto a situação da mãe, que permanece sob vigilância médica e psicológica. O bebé ficará sob tutela do Estado, em acolhimento temporário, até ser definida uma solução definitiva para o seu destino.

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