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Encontros de Jazz de Coimbra apostam no regresso de grandes formações

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 29-09-2021

A 19.ª edição dos Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra vai decorrer de 21 a 30 de outubro e, com parte das restrições da pandemia deixadas para trás, a organização aposta no regresso de grupos com muitos elementos.

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Com a possibilidade de programar com mais certezas e face ao fim de muitas das condicionantes motivadas pela pandemia de covid-19, a organização dos Encontros aposta este ano na presença de grupos alargados, que “até agora seria muito difícil poder ter levado a palco”, disse à agência Lusa José Miguel Pereira, diretor do Jazz ao Centro Clube (JACC), que coorganiza o evento com a Câmara Municipal de Coimbra (CMC).

Entre 21 e 30 de outubro, seis espaços da cidade de Coimbra vão acolher 11 concertos e um cine-concerto dirigido ao público jovem, participando mais de 100 músicos nos vários espetáculos dos encontros.

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O festival arranca com uma das três grandes formações que estarão no evento, neste caso o Omniae Large Ensemble, do baterista e compositor Pedro Melo Alves.

Na Oficina Municipal do Teatro (OMT), o jovem músico faz a apresentação do disco “Lumina”, num grupo com 23 músicos e condução a cargo do maestro Pedro Carneiro.

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“É uma formação muito especial e que representa, quer nos processos de composição quer em instrumentação, talvez uma das abordagens mais inovadoras em termos do jazz nacional”, salientou José Miguel Pereira.

No grande auditório do Convento São Francisco, a 24 de outubro, decorrerá uma estreia absoluta de “Memória da Viagem”, um trabalho que resulta de uma encomenda ao pianista e compositor Luís Figueiredo, por parte do Coro Coimbra Vocal e que teve apoio do JACC e da CMC.

Em palco, será apresentada uma suite para um trio de jazz (Luís Figueiredo, Bernardo Moreira e Bruno Pedroso) e um coro misto em catorze andamentos, realçou a organização.

Ainda nas grandes formações, o Teatro Académico de Gil Vicente vai receber a 29 de outubro os LUME (Lisbon Underground Music Ensemble) para apresentar o novo trabalho “Las Californias”.

José Miguel Pereira destaca também o concerto do Mondego – Ensemble Jazz ao Centro, grupo que se constitui como uma plataforma para intérpretes e compositores de jazz da região e que gravará no espetáculo do Salão Brasil o seu primeiro disco.

Pelo festival, haverá também um cine-concerto em que “As Aventuras do Príncipe Achmed”, de Lote Reiniger, será musicado pelo Space Ensemble, o Humanization 4tet apresenta o disco “Believe, Believe”, o violinista João Camões atua com os franceses Jean-Luc Capozzo e Jean-Marc Foussat e grupo Cíntia, selecionado pelo programa Cena Jovem jazz.pt, apresenta em primeira mão o disco de estreia, “O Sítio”.

O segundo fim de semana dos Encontros será “quase inteiramente dedicado” ao encontro entre músicos portugueses e noruegueses (tal como foi feito no passado com coletivos de outros países).

Para além do ensemble que reunirá todos os músicos (quatro portugueses e três noruegueses) para duas noites de concerto no Salão Brazil, haverá ainda lugar para outras duas apresentações em grupos mais reduzidos.

“Para o Jazz ao Centro, cada vez que pensamos nos Encontros Internacionais, essa diversidade de abordagens é fundamental estar presente. É transversal ao festival uma ideia de futuro e as propostas mais devedoras da tradição jazzística acabam por estar em minoria, mas isso não quer dizer que não tenham todas elas bem presente a história do jazz”, realçou José Miguel Pereira.

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