A burla das encomendas “presas na alfândega” continua a fazer vítimas em Portugal. O esquema, cada vez mais comum, aproveita-se do aumento das compras online em sites internacionais e recorre a mensagens fraudulentas que parecem legítimas para enganar os consumidores.
Tudo começa com um SMS ou email que informa o destinatário de que a sua encomenda ficou retida na alfândega. A mensagem inclui logótipos de transportadoras conhecidas como os CTT, DHL ou FedEx e apresenta-se com linguagem cuidada e links aparentemente credíveis. Para “libertar” a encomenda, é pedido o pagamento de uma pequena taxa de desalfandegamento ou de processamento, valores que variam entre 1,50€ e 5€.
O problema é que os links não encaminham para os sites oficiais das transportadoras, mas sim para páginas falsas, quase idênticas às originais. Quem introduz os dados de pagamento ou do cartão bancário acaba por ver o valor cobrado de forma fraudulenta e, em alguns casos, fica exposto a novas tentativas de burla.
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Segundo o Portal da Queixa, já foram registadas dezenas de denúncias deste tipo só em 2025. Algumas vítimas só se aperceberam da burla dias depois, ao verem movimentos suspeitos nas contas bancárias. Há ainda relatos de pessoas que, após pagarem a falsa taxa, continuam a receber mensagens de burla com novos pedidos de pagamento.
Este tipo de esquema é especialmente eficaz porque imita uma situação real. Quem costuma comprar fora da União Europeia sabe que os atrasos alfandegários e as taxas adicionais são uma possibilidade real. Isso torna as mensagens fraudulentas mais difíceis de identificar, sobretudo quando coincidem com o período em que a pessoa está realmente à espera de uma encomenda, conclui o site Leak.
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