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Empresa que explorava submersível Titan é principal responsável por acidente

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 05-08-2025

A Guarda Costeira norte-americana considerou hoje a empresa OceanGate como a principal responsável pela implosão do submersível Titan, no qual morreram cinco pessoas durante uma exploração dos destroços do Titanic em 2023.

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Num relatório agora divulgado, a Guarda Costeira indicou que a investigação concluiu que “o desrespeito pela OceanGate dos protocolos de engenharia estabelecidos para a segurança, os testes e a manutenção do submersível foi a principal causa [do acidente]”.

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O Titan, um pequeno submersível de 6,5 metros de comprimento pertencente à empresa privada norte-americana OceanGate Expeditions, mergulhou a 18 de junho de 2023 para observar os destroços do navio Titanic e devia emergir sete horas depois, mas o contacto foi perdido menos de duas horas depois da partida.

Foi lançada uma mediática operação de salvamento em grande escala, mas o submersível tinha sido destruído pouco depois do mergulho por uma “implosão catastrófica”, na qual morreram instantaneamente os cinco passageiros, entre os quais se encontravam o cientista francês Paul-Henri Nargeolet, de 77 anos, apelidado de “Senhor Titanic”, e o patrão da OceanGate, Stockton Rush.

A polémica relativa a negligência surgiu logo após o acidente, nomeadamente a propósito da vigia, que tecnicamente não podia ter resistido a tais profundidades.

“Durante vários anos antes do acidente, a OceanGate recorreu a táticas de intimidação e a exceções concedidas para operações científicas e fez uso da boa reputação para escapar ao controlo das autoridades reguladoras”, escreveu a Guarda Costeira dos Estados Unidos no relatório de investigação.

A empresa “acabou por conseguir operar o Titan totalmente à margem dos protocolos estabelecidos para os mergulhos em águas profundas, que tinham permitido garantir um bom histórico de segurança aos submersíveis comerciais”, acrescentou a mesma entidade.

As autoridades norte-americanas denunciaram também um “ambiente de trabalho tóxico”, que “dissuadia os empregados e os subcontratados de expressarem as suas preocupações em matéria de segurança”.

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