Coimbra
Empresa de Coimbra procura levar a tecnologia para o setor da construção
A TUU, sediada em Coimbra e criada para levar a tecnologia para o setor da construção, passou de três para mais de 70 trabalhadores em cinco anos de vida e as expectativas continuam a ser de crescimento.
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A empresa foi fundada em 2016 por três sócios – dois engenheiros civis e um arquiteto – com experiência no setor e que sentiam que “era fundamental trazer alguma tecnologia para a construção”, contou à agência Lusa Helder Loio, o diretor-geral da TUU, uma das empresas gazela da região Centro.
O objetivo passava por criar uma plataforma para gestão de projetos, mas para financiar o seu desenvolvimento acabaram a prestar serviços nas suas áreas de formação de base, como arquitetura, fiscalização de obras e coordenação de projetos de construção.
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A área dos serviços acabou por crescer e a empresa tem hoje mais de 70 trabalhadores, esperando faturar mais de 1,5 milhões de euros no presente ano.
“Somos uma empresa de serviços no setor da construção, mas com uma grande componente tecnológica”, explicou, realçando que nos quadros da empresa quase que só há técnicos, como engenheiros civis, arquitetos, informáticos ou designers.
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A plataforma Buildtoo, que esteve dois anos em desenvolvimento, já conta com contratos com particulares, mas também com clientes públicos, como a Câmara de Cascais, a EPAL ou a Águas Vale do Tejo.
A plataforma, que permite gerir projetos de obras, ainda não é a grande fonte de faturação da empresa, mas “começa agora a ser viável”, referiu Hélder Loio.
“Há quatro anos, disseram-nos que estávamos fora do tempo. Agora, já começamos a ser procurados”, notou.
Segundo Helder Loio, numa obra costumam estar associados diferentes técnicos, havendo uma grande troca de informação e documentação.
“Na obra de um hospital privado que coordenei, troquei 117 mil ‘e-mails’. Deixei de ser engenheiro para ser gestor de informação e ‘e-mails’”, constatou.
Na plataforma, são feitos relatórios automáticos, com base na informação que vai sendo carregada pelos diferentes técnicos associados a uma obra.
“Reduz a necessidade de troca de informação e permite acompanhar a obra em tempo real”, referiu.
Para o responsável da TUU, o setor da construção esteve durante muito tempo “estagnado”, estando agora a “dar passos firmes no sentido de melhorar e inovar”.
O Plano de Recuperação e Resiliência, que tem como um dos objetivos-chave a transição digital da economia, poderá também ser um momento fundamental para a empresa.
“Estamos no mercado, preparados para implementar a plataforma de um dia para o outro, com uma equipa madura. O facto de já cá estarmos coloca-nos numa posição favorável para aproveitar esta onda”, frisou.
A TUU conta até ao final do ano chegar aos cerca de 90 trabalhadores, tendo já quatro milhões de euros de contratos assinados para os próximos três anos.
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