Portugal

Empresa de Castelo Branco do setor do queijo investiu um milhão em nova fábrica

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 anos atrás em 09-11-2021

A Malpiagro, empresa detentora da marca Malpiqueijo, investiu cerca de um milhão de euros numa nova unidade em Castelo Branco, o que lhe vai permitir terminar o ano com uma produção a rondar as 100 toneladas de queijo.

À agência Lusa, um dos responsáveis da empresa, Nuno Ribeiro, explicou que a Malpiagro foi constituída em 2008, depois de cerca de 40 anos a laborar em Malpica do Tejo (Castelo Branco).

“Trata-se de uma empresa familiar que foi iniciada, em nome individual, pelo meu pai. Iniciou a vida nos queijos. Sempre produzimos queijo de ovelha, queijo de cabra e de mistura de ovelha e cabra, só com leites da região [Castelo Branco]. Isso acontece ainda hoje. Só trabalhamos com leites da região, de cabra e de ovelha”, disse.

PUBLICIDADE

Nuno Ribeiro referiu que há cerca de dois anos decidiram investir cerca de um milhão de euros numa nova unidade fabril, na Zona Industrial de Castelo Branco, onde estão atualmente a laborar desde o início do ano.

“Decidimos fazer um investimento na Zona Industrial de Castelo Branco, em plena pandemia [covid-19]. Foi difícil. Mas teve um bom sabor, porque foi numa época complicada. Foi muito difícil no ano de 2020 fazer o investimento e concretizar a obra. Depois, iniciámos [a laboração] em janeiro de 2021”, frisou.

Segundo este responsável, os clientes da Malpiagro têm vindo a crescer, sobretudo devido à política comercial de proximidade aplicada pela empresa.

“Só vendemos para o pequeno retalho, para o pequeno comércio (local), a nível nacional. Mas, colocamos mais a ênfase, sempre, no interior”, sublinhou.

Nuno Ribeiro realçou que a empresa tem sofrido uma grande expansão nos últimos anos.

“Temos tido uma expansão muito grande desde há uns anos para cá de cerca de 30 a 40% no aumento das vendas e da produção. Este ano, vamos terminar a produção em cerca de 100 toneladas de queijo puro de ovelha, puro de cabra e de mistura de ovelha e cabra”, sustentou.

A exportação representa apenas entre 05 e 10% do volume de negócio da empresa, cujo valor anual ronda o milhão de euros.

“Nós desde há uns anos exportamos alguma coisa, sobretudo para França, Luxemburgo e Espanha. Basicamente é isso. Também já o fizemos para Angola, mas depois a situação económica deles complicou-se e deixámos de o fazer”, disse.

Em termos de futuro, Nuno Ribeiro referiu que a curto prazo não haverá investimentos ao nível da expansão física da empresa, mas vão investir na parte comercial.

“A curto prazo não haverá outros investimentos, exceto pequenas obras a fazer. Estamos sempre em atualização. Para expansão da empresa, não. Estamos a investir na parte comercial. Abrimos uma pequena base logística no MARL [Mercado Abastecedor da Região De Lisboa]. É um projeto muito recente, tem cerca de três meses”, sustentou.

A marca Malpiqueijo foi premiada recentemente por um dos mais importantes selos de qualidade mundial, os ‘World Cheese Awards’, com ouro, prata e bronze em três segmentos distintos, entre mais de 4.000 queijos provenientes de 40 países.

Segundo Nuno Ribeiro, foi a primeira vez que a empresa se submeteu a concurso e fê-lo “mais por insistência dos clientes”.

“Este prémio representa o reconhecimento de todo o esforço e do trabalho árduo deste tipo de atividade. É um trabalho inesgotável. Nós trabalhamos com um produto inacabado, um produto que está sempre em transformação. O queijo, em fábrica, nunca é um produto acabado. Não é um parafuso. Tem que ser sempre tratado”, concluiu.

O queijo curado de ovelha e cabra venceu o ouro, queijo curado de ovelha foi premiado com medalha de prata e o queijo curado de ovelha “amanteigado” com a medalha de bronze.

O ‘World Cheese Awards’ é um dos maiores eventos internacionais na área dos queijos, sendo uma referência à escala global para fabricantes, retalhistas, compradores, consumidores e avaliadores de todo o mundo.

O evento deste ano realizou-se em Oviedo (Espanha).

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE