Foi delicada a operação de resgate e demorada a remoção dos destroços acidente que este sábado provocou a morte a três pessoas e ferimentos em cerca das três dezenas de passageiros. O Noticias de Coimbra acompanhou o processo em direto e recolheu um conjunto de imagens que contam o desenrolar dos acontecimentos. Veja a galeria no final do texto.
À chegada ao local do acidente, minutos depois das equipas de resgate e emergência prestarem os primeiros socorros às vitimas, o Notícias e Coimbra encontrou um silencio de consternação apesar da levada quantidade de meios que operavam no local, entre estes centenas de bombeiros, mais de vinte ambulâncias e equipas do INEM, incluindo um helicóptero.
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Foi cerca de hora e meia depois que o comandante da Proteção Civil, Carlos Tavares, transmitia oficialmente a informação da morte de três pessoas no acidente. Naquela altura, duas pessoas “sem sinais vitais” encontravam-se ainda dentro do autocarro por não “existirem condições de segurança” para que as equipas pudessem atuar para remover os cadáveres.
Só a meio da tarde foi possível realizar esta operação, horas de depois do acidente e quanto foi removido o poste com que o autocarro colidira e que “estava en tensão”, isto é, tinha ligação elétrica de média tensão. Foi necessário recorrer a maquinaria pesada, no terreno ao lado da Autoestrada 1, cerca de dois quilómetros depois da saída para a Mealhada, no sentido sul/norte. Todo este tempo, a circulação na A1 esteve cortada, uma vez que os cabos da eletricidade atravessavam a a via e estavam suspensos no poste que trespassou a frente do autocarro.
A meio da tarde, a circulação rodoviária foi parcialmente reposta, mas os trabalhos de remoção do autocarro que resvalou para o terreno agrícola só poderiam começar nesta altura. Uma grua gigante elevou o autocarro e neste momento ficaram visíveis as marcas do violento embate. Toda a parte da frente do autocarro ficou numa amalgama de metal retorcido. A imagem frontal do autocarro era agora a cadeira do motorista, que pereceu no desastre.
Várias equipas estiveram empenhadas nesta última fase de remoção dos escombros, desde a Guarda Nacional Republicana à equipa da maquinaria e do reboque. Foi também demorada a tarefa de colocação do que restava do autocarro em cima do reboque. A frente destruída mostrava agora o pneu frontal esquerdo completamente rasgado. As autoridades continuavam a recolher dados, mas os primeiros indícios apontavam para o “rebentamento de um pneumático”.
Uma vez já em cima do reboque o desafio era agora transportar o veiculo acidentado para fora da autoestrada. Com escolta da GNR e da BRISA, os escombros foram removidos em vários veículos num comboio de destroços onde se sentia o peso do infortúnio daquele grupo de Guimarães que rumava a Fátima, mas que nunca chegou ao destino.
por Maria da Graça Polaco, Notícias de Coimbra
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