O candidato presidencial apoiado pelo Livre, Jorge Pinto, defendeu hoje que Portugal deve mudar de mentalidade e passar a ser um país preventivo, apostando na antecipação de problemas relacionados com os fenómenos extremos.
“Quero que Portugal passe a ser um país preventivo, um país que antecipa os problemas antes de eles existirem, para que eles nem cheguem a existir. Ou que, existindo, já possamos saber exatamente de que maneira vamos responder, para que essa resposta seja mais eficaz e mais eficiente”, afirmou.
À entrada para uma reunião com a associação Akto – Direitos Humanos e Democracia, na cidade de Coimbra, Jorge Pinto lamentou a morte do casal de idosos, que perdeu a vida na sua habitação em Fernão Ferro, que inundou devido à chuva forte que caiu durante a noite.
PUBLICIDADE
A morte do casal ocorreu no dia em que também esteve, durante a manhã, numa visita à Corporação de Bombeiros de Arganil, para falar de fogos “numa altura em que eles não acontecem”.
“Para que possamos falar destes eventos climáticos extremos noutras alturas do ano”, acrescentou.
De acordo com o candidato presidencial, é imprescindível que em Portugal passe a haver “planeamento, preparação e prontidão”, para que o país saiba “responder e preparar-se para os fenómenos extremos”, que se veem registando com cada vez mais frequência.
“Sabemos bem que os governantes, normalmente o Governo, tendem a governar no curto prazo, tendo em vista o próximo ciclo eleitoral. Mas, também aqui o Presidente da República deve ter uma palavra distintiva, que é de obrigar a que se discuta o país no médio e no longo prazo”, evidenciou.
Jorge Pinto defendeu que o planeamento, a preparação e a prontidão se faz com todos os agentes, quer da proteção civil mas também com os cidadãos, que devem saber como é que podem agir caso aconteça algo extremo.
“Para que possam ter, por exemplo, ‘kits’ de emergência nas suas casas, para que possam ter uma rede de apoio no seu bairro, entre vizinhos, que possa ajudar a tentar evitar situações trágicas também como a que hoje vivemos”, indicou.
No seu entender, tal poderá ser feito com ações de formação e de prevenção junto da população, e seguindo-se o exemplo de outros países europeus que já têm ‘kits’ de emergência com alguma comida para um par de dias, água potável e um rádio a pilhas, mas, sobretudo, com “a mudança de mentalidade” de um país “altamente reativo”.
“Portugal tem de saber adaptar-se às alterações climáticas, tem de saber adaptar-se a um aumento do número e da intensidade desses fenómenos extremos, sejam cheias, tempestades, fogos florestais. E isso passa, evidentemente, por mais meios, por dar mais condições a quem está na linha da frente, como por exemplo os bombeiros que visitei esta manhã, mas passa também por uma mudança cultural no próprio modo de fazer políticas e no modo em que envolvemos as pessoas”, concluiu.
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.
PUBLICIDADE
