Política

Elisa Ferreira apela a voto de protesto dos jovens, mas de forma construtiva

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 mês atrás em 19-03-2024

A comissária europeia Elisa Ferreira considerou esta terça-feira 19 de março, na Cimeira das Regiões e dos Municípios, na Bélgica, importante que os jovens votem e participem na vida política, mas além do simples voto de protesto.

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Questionada sobre o avanço eleitoral da extrema-direita em Portugal, Elisa Ferreira advogou que “as pessoas têm que participar, têm de ser responsáveis pelas suas opções”, mas que o resultado das recentes legislativas deve servir de alerta e “tudo tem de ser investigado no sentido de tentar perceber qual é o ponto de vista das pessoas” e se partem de “raciocínios às vezes simplistas” de apenas protestar sem “olhar de fora para o sistema em que estamos a viver”.

A comissária europeia da Coesão e Reformas falava aos jornalistas portugueses após participar na 10.ª Cimeira das Regiões e dos Municípios, que termina em Mons, na Bélgica.

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“Acho que continua a ser importante os jovens votarem, os jovens participarem, mas serem mais exigentes também no tipo de informações que retêm. Acho que é muito importante os meios de comunicação social, e lamento que haja tanta instabilidade neste momento, também no meio jornalístico, porque a informação de referência é absolutamente essencial”, para separar a verdade das ‘fake news’, salientou.

Sobre a intromissão de movimentos extremistas ou de alguns países nos atos eleitorais, a comissária europeia admitiu que “há muitas agendas e não é só em Portugal, em todos os países da Europa, que estão a ser infiltradas por outros interesses e outros poderes que têm por objetivo desagregar a própria Europa” e, assim, é preciso “estar com muita atenção em relação a isso”.

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“Há casos em que eu tenho a certeza, e temos todos a certeza na Europa, que houve uma participação da própria Rússia através de, digamos, de ‘hackers’, digamos assim, que entram, e ‘trolls’, que entram nas redes sociais. No caso português, eu não sei se isso existiu ou se não existiu, mas que há agendas desse género há e temos todos a evidência de que isso acontece”, reforçou.

A menos de três meses das eleições para o Parlamento Europeu, o Comité das Regiões Europeu e os parceiros fundadores da Aliança pela Coesão, uma coligação à escala da UE, lançaram um apelo conjunto às instituições europeias e aos governos nacionais para que mantenham esta política de coesão “como o pilar principal do modelo de desenvolvimento da UE na próxima década”, afirmou a organização, em comunicado.

Os eleitos locais e regionais na cimeira defenderam ainda que “a coesão económica, social e territorial deve estar no topo da agenda da UE, continuar a impulsionar as transições digital e ambiental e melhorar a resiliência a catástrofes e crises a todos os níveis”.

A 10.ª Cimeira Europeia das Regiões e dos Municípios assinala o 30.º aniversário do Comité das Regiões Europeu, acolhendo em Mons, na Bélgica, mais de 3.500 representantes locais e regionais de 59 países e dos cinco continentes, para abordar a resposta subnacional aos desafios globais e para apelar aos líderes europeus que garantam que todas as políticas da UE estão assentes no nível local e regional, reforçando assim a legitimidade democrática e a eficiência da UE.

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