O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, é o único candidato ao cargo nas eleições que decorrem entre hoje e terça-feira, defendendo uma ordem “atuante, próxima, transparente e mobilizadora”.
Especialista em patologia clínica, Carlos Cortes candidata-se a um segundo mandato para o período 2025-2029, depois de ter assumido o cargo pela primeira vez em março de 2023, quando foi eleito com 61,94% dos votos na segunda volta das eleições, então disputadas com o médico Rui Nunes.
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As eleições na ordem, que deveriam acontecer em janeiro de 2026, foram antecipadas para este mês na sequência do novo Estatuto da Ordem dos Médicos, que obriga a desencadear o processo eleitoral no prazo de um ano desde a publicação dessa revisão estatutária.
No início de abril, o bastonário dos médicos confirmou à Lusa que seria candidato, justificando a sua decisão com um conjunto de projetos em curso que não foram concretizados durante o seu primeiro mandato.
Carlos Cortes apresentou um programa de candidatura com 20 propostas-chave para o próximo mandato, entre as quais a revisão dos “aspetos lesivos” do novo Estatuto da ordem e reforço da intervenção política e social desses profissionais de saúde, tendo em conta que a sua voz tem sido “subaproveitada no desenho de políticas públicas” do setor.
Outra das propostas previstas no programa passa por censos nacionais, uma vez que há a “perceção pública de falta de médicos, mas sem dados estruturados”, que permitam avaliar a distribuição de médicos, as especialidades carenciadas, o efeito da emigração e as razões pela não-escolha de determinadas especialidades.
Para ser elegível para bastonário, um candidato deve ter, pelo menos, cinco anos de inscrição na Ordem dos Médicos e a candidatura deve ser proposta por um mínimo de 500 médicos no gozo dos seus direitos estatutários, representativos de todas as regiões.
De acordo com o calendário, a posse tem de ocorrer até 30 dias após o ato eleitoral.
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