Coimbra

Eleição para a CCDRC: presidente interina desfruta de vantagem

Rui Avelar | 4 anos atrás em 09-07-2020

A dois meses e meio da eleição do(a) futuro(a) presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno (timoneira interina) desfruta de vantagem, apurou NOTÍCIAS de COIMBRA.

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A ex-autarca do PSD foi nomeada, em regime de substituição (interinidade), no começo do ano, pela ministra Ana Abrunhosa, para presidir àquele organismo desconcentrado da Administração Central.

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Economista, tal como a governante, Isabel Damasceno esteve ao leme do Município de Leiria de 1998 a 2009, eleita pelo PSD, e era, desde 2010, membro da Autoridade de Gestão do Programa Operacional Regional do Centro, cuja liderança cabe à presidência da CCDRC.

A ministra, que ouviu os responsáveis do Governo pelas áreas das autarquias locais e do ambiente e ordenamento do território, invoca, no seu despacho, “reconhecida aptidão” da gestora e antiga autarca, “competência técnica e experiência e formação profissional”.

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Isabel Damasceno, 64 anos de idade, é licenciada em Economia, pela Universidade de Coimbra, tendo sido colega de curso do líder do Município conimbricense e presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Manuel Machado (PS), e dos ex-autarcas social-democratas Álvaro Amaro (Guarda) e Fernando Ruas (Viseu).

António Costa deu respaldo à nomeação da gestora num registo que o

primeiro-ministro esperava ver funcionar como favorável à aprovação de um diploma para eleição dos presidentes das cinco CCDR’s (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve).

Na ocasião, o chefe do Governo encarava como indispensável a anuência do PSD ao teor de um diploma concebido para ser aprovado pela Assembleia da República (AR). A 17 de Junho, foi publicado o Decreto-lei nº. 27/2020, cuja redacção altera a orgânica das CCDR’s.

O(a) presidente, coadjuvado(a) por dois vice-presidentes, é escolhido por um colégio eleitoral constituído por autarcas.

Um vice-presidente é indicado pelos líderes dos municípios do território abrangido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, outro é designado pelo Governo.

As candidaturas para presidente são propostas por, pelo menos, 10 por cento dos membros do colégio eleitoral, requisito que cerceia as aspirações de muitos potenciais candidatos.

Com a liderança da CCDRC ao alcance de uma figura conotada com o PSD, passou a falar-se das hipotéticas candidaturas de João Moura (antigo presidente da Câmara de Cantanhede), Margarida Mano (ex-deputada à AR, antiga ministra da Educação e outrora vice-reitora da Universidade de Coimbra) e Pedro Machado (presidente da entidade regional Turismo do Centro de Portugal), apoiado por Ribau Esteves (timoneiro da Câmara de Aveiro e vice-presidente da ANMP).

Segundo fontes partidárias, João Moura talvez possa aspirar a uma vice-presidência da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro, sendo que Pedro Machado (a cumprir último mandato na referida entidade regional) já foi sondado para candidato do PSD à liderança da Câmara da Figueira da Foz.

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