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Política

Eduardo Cabrita diz que prevenção “é essencial” perante catástrofes naturais

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 25-11-2021

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, defendeu hoje que é “essencial” a prevenção de riscos no âmbito da proteção civil, alertando para a “maior frequência e intensidade” de “eventos extremos” relacionados com as alterações climáticas.

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O ministro falava no Fórum Europeu para a Redução de Riscos de Catástrofes de 2021, que decorre até sexta-feira, em Matosinhos, distrito do Porto, e que reúne 55 países e parceiros da Europa e da Ásia Central no debate sobre a redução do risco de catástrofes e resposta aos impactos crescentes das alterações climáticas.

“O que tratamos foi, fundamentalmente, de prevenção de riscos. Isto é, de como, na dimensão preventiva de proteção civil, sabendo que os eventos extremos com as alterações climáticas vão suceder, provavelmente até com maior frequência e com maior intensidade, nós temos de estar preparados. E é nessa dimensão, na ação comum relativamente a fenómenos extremos que a prevenção é essencial”, declarou o ministro, em conferência de imprensa.

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Eduardo Cabrita lembrou que 2021 “foi um ano difícil” para a Europa, com “inundações trágicas de grande dimensão na Alemanha, na Bélgica e na Holanda [Países Baixos]”, com “incêndios rurais de grande dimensão na Grécia, na Turquia e na Itália” e ainda com “atividade vulcânica de grande dimensão, quer em Itália, quer em Espanha, nas ilhas Canárias”.

“E é neste contexto que discutimos aqui a prioridade, que tal como para Portugal tem sido nestes anos, de salvar vidas. Um compromisso de Matosinhos, que acabou de ser assinado, que compromete as Nações Unidas, a União Europeia e os Estados membros deste Fórum, um compromisso que diz que a prevenção é essencial e visa salvar vidas”, adiantou o governante.

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Para Eduardo Cabrita, a COP26 (cimeira do clima das Nações Unidas), que terminou há cerca de duas semanas em Glasgow, na Escócia, prova que as alterações climáticas “são o maior desafio do mundo” atualmente e como estas alterações “aumentam o risco de fenómenos de grande dimensão, de fenómenos extremos”.

O ministro considerou que a prevenção, na área da proteção civil, “é fundamental”.

“Hoje reconhecemos que os riscos são múltiplos. Podem ser terramotos, tsunamis, inundações, incêndios rurais e, aquilo que não era antecipado e que tem concentrado a nossa ação nestes dois anos: a resposta à pandemia”, afirmou Eduardo Cabrita.

Janez Lenarčič, Comissário Europeu para Assuntos Humanitários e Gestão de Crises, disse, por seu lado, que este Fórum “acontece numa altura especial, em que a Europa e o resto do Mundo ainda se debatem com uma persistente pandemia”, lembrando também as catástrofes naturais que este ano assolaram a Europa e o Mundo.

“Isto significa que temos de nos preparar melhor para o que sabemos que virá. Sabemos que haverá eventos extremos, sabemos que não os podemos prevenir todos, mas temos de nos preparar para reduzir e minimizar o risco”, alertou este responsável, apelando a um trabalho conjunto de todas as entidades.

Mami Mizutori, representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas (ONU) para a Redução do Risco de Catástrofes, lembrou que no mundo “há riscos que se conhecem e outros que se desconhecem”.

“Temos de trabalhar em conjunto, não só, no sentido de responder melhor, mas, essencialmente, no sentido de prevenir melhor. Temos de prevenir melhor para salvar vidas e bens”, apelou a representante da ONU.

Enquanto anfitriã do evento, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro (PS), abriu a conferência de imprensa, assumindo o compromisso de continuar a trabalhar para que o município se tone “um dos ‘hubs’ da resiliência, em termos internacionais”.

Lembrando que Matosinhos é um concelho de “elevado risco”, a autarca deixou uma garantia.

“Queremos estar na primeira linha do debate político e também na primeira linha de intervenção, para que o concelho, apesar de se revestir deste risco elevado, continue a apresentar um elevado grau de segurança para as pessoas e bens deste concelho”, disse Luísa Salgueiro.

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