Saúde

E esta? Corridas de longa distância podem aumentar risco de cancro

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 horas atrás em 25-08-2025

Um novo estudo do Inova Schar Cancer Institute revelou que correr longas distâncias, como maratonas, pode estar associado a um aumento do risco de cancro colorretal, embora o exercício físico em geral continue a trazer benefícios à saúde.

A pesquisa, apresentada no encontro anual da American Society of Clinical Oncology em Chicago, analisou 100 corredores entre 35 e 50 anos que participaram de maratonas e ultramaratonas. Os resultados mostraram que 15% dos participantes tinham adenomas avançados, lesões que podem evoluir para cancro se não forem tratadas — uma taxa ligeiramente superior à da população geral. Além disso, 41% apresentavam pelo menos um adenoma.

Segundo Tim Cannon, um dos autores do estudo, “muitos corredores relatam sangue após a corrida, o que levantou a hipótese de que o intenso esforço físico poderia aumentar a probabilidade de desenvolver este tipo de cancro”. Ele destaca que, embora os resultados não comprovem causalidade, sugerem que exercícios de resistência intensa podem ser um fator de risco significativo e justificam pesquisas mais aprofundadas.

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Cannon alerta ainda para a importância de identificar os sintomas precocemente: “Se conseguirmos diagnosticar este cancro de forma precoce, podemos salvar vidas. Jovens corredores que apresentam sangue nas fezes após corridas longas devem ser acompanhados”.

A oncologista gastrointestinal Andrea Cercek enfatiza que o cancro colorretal não é mais exclusivo de pessoas idosas.

Entre os sintomas mais comuns em adultos jovens, citado pelo Notícias ao Minuto estão:

Sangue nas fezes ou no papel higiénico – embora possa ter outras causas, como fissuras anais ou hemorroidas.

Dores ou cólicas abdominais persistentes – especialmente se durarem mais de cinco dias.

Perda de peso inexplicável – frequentemente relacionada com diarreia, náuseas ou dificuldade em se alimentar.

Fadiga extrema – cerca de 8% dos jovens relatam cansaço nos meses que antecedem o diagnóstico.

    O estudo reforça a necessidade de atenção a sinais precoces e acompanhamento médico regular, principalmente para atletas que praticam corridas de longa distância.

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