Portugal
E agora? Trabalhadores regressam de férias e encontram fábrica fechada

Imagem: JN / Salomão Rodrigues
Os funcionários de uma fábrica de calçado em Pindelo, no concelho de Oliveira de Azeméis, depararam-se hoje, à chegada ao trabalho, com a empresa fechada e um aviso de que “durante 15 dias não terá dinheiro para lhes pagar”.
A informação foi disponibilizada à Lusa pela presidente do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins (SNPIC), que, identificando a empresa em causa como a YFF II – Young Fashion Footwear, realça que essa unidade do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto tem em atraso para com os cerca de 70 funcionários o pagamento “dos salários de julho e agosto, e do subsídio de férias”.
“Ninguém sabe o que quer dizer o aviso de que a empresa não tem como lhes pagar nos próximos 15 dias, porque nem está no papel explicado, nem o patrão atende o telefone a ninguém”, afirmou a dirigente sindical, Fernanda Moreira.
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Suspensão temporária dos contratos de trabalho ou insolvência são duas consequências possíveis com que os funcionários estão preocupados, embora o SNPIC afirme que “a empresa estava com encomendas” e que não houve quebra de produção que fizesse adivinhar o risco de encerramento da fábrica – que vinha produzindo apenas para o mercado estrangeiro.
Fernanda Moreira não está, contudo, otimista, considerando o historial do responsável pela empresa que, segundo os diretórios disponíveis na Internet, foi constituída em maio de 2022.
“O patrão já é conhecido por ter o hábito de abrir e fechar empresas assim. Desaparece de um momento para o outro e abre outra empresa, com outro número de contribuinte, logo nos dias a seguir”.
A Lusa tentou obter esclarecimentos da YFF II, mas os contactos telefónicos disponíveis estavam desligados.
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