O ex-ministro socialista Duarte Cordeiro considerou hoje que a AD nunca se distanciou das políticas de cortes do Governo de Passos Coelho no período da troika, afirmando que, se Pedro Nuno Santos fosse primeiro-ministro, estas eleições não aconteceriam.
Duarte Cordeiro juntou-se hoje à campanha do PS para as eleições legislativas, num almoço-comício na Figueira Foz, Coimbra, responsabilizando o primeiro-ministro, Luís Montenegro, por estas eleições antecipadas e acusando-o de não quer estabilidade “por mero oportunismo” porque estava convencido de que conseguiria “uma maioria absoluta nestas eleições com a IL”.
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“O Governo de Passos Coelho, eu nunca vi a atual AD, Luís Montenegro, distanciar-se daquilo que foram as políticas que adotaram na altura. Nunca os vi distanciar-se dos cortes que fizeram nos salários e nas pensões. Nunca os vi distanciarem-se sequer da expressão ‘ir além da troika’”, acusou.
Na opinião do antigo ministro, se “Pedro Nuno Santos fosse primeiro-ministro”, Portugal não estaria neste momento a ir para eleições antecipadas.
“Se hoje o Pedro Nuno Santos fosse primeiro-ministro, nós tínhamos estas eleições ou tínhamos uma pessoa que, até ao limite, estava-se a esforçar para negociar, para ter orçamentos aprovados”, questionou, respondendo em seguida que com o líder do PS à frente do executivo os portugueses não seriam chamados às urnas.
Segundo Duarte Cordeiro, o PS não desbarataria as “condições políticas para tentar ter uma vantagem eleitoral”, como acusa a AD de ter feito.
“Nós não criávamos incerteza económica, incerteza política, para tentar jogar com alguma vantagem eleitoral”, sustentou.
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