Saúde

Doentes com Artrite Reumatoide vão ter centro dedicado à investigação

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 04-04-2019

 

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A Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatoide (ANDAR) vai construir um centro no bairro lisboeta de Marvila dedicado à investigação clínica e aos doentes, que ali podem conviver, ter acompanhamento médico, fazer fisioterapia e hidroterapia.

O projeto do centro vai ser apresentado no sábado nas XIX Jornadas da ANDAR, em Lisboa, e é “um sonho” da associação para “poder ajudar melhor os doentes”, disse à agência Lusa a presidente da Associação, na véspera de se assinalar o Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatóide.

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Arsisete Saraiva deseja que o centro, que foi criado e pensado de raiz para doentes com artrite reumatoide, possa abrir as portas em 2022, estando ainda à procura de investidores que ajudem a concretizar a obra.

O novo edifício, que será também a nova sede da associação, terá nove pisos, dois dos quais cave, e disporá de gabinetes médicos, salas de tratamentos e exames, sala de trabalho de enfermagem, ginásio, um centro de dia e um auditório com capacidade para 300 lugares.

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“Sentimos que havia um espaço que podia ser preenchido para poder ajudar melhor os doentes e onde pudessem ter um espaço de lazer, de convívio, para os obrigar quase a sair de casa porque há muitos doentes que ficam em casa e ficam muito pior porque não têm com quem falar”, disse Arsisete Saraiva.

O centro terá consultas de reumatologia e de outras especialidades, porque a artrite reumatoide “mexe com todos os órgãos do corpo”, um espaço de fisioterapia e uma piscina onde os doentes podem fazer hidroterapia.

“Como achámos que ainda era pouco, decidimos ter também um centro de investigação clínica”. “Temos ali os médicos, os doentes, se pudermos fazer lá os ensaios clínicos é fantástico”, salientou.

Também terá uma unidade de cuidados continuados, para colmatar a “falta enorme” que existe destes cuidados no país, e uma área residencial para acolher doentes de todo o país que precisam de deslocar-se a Lisboa para fazer tratamentos e que não vêm porque a sua condição económica não lhes permite.

“Vamos ter ali tudo o que faz falta numa associação de doentes, isto é um sonho”, resumiu Arsisete Saraiva, a principal mentora do projeto.

No dia das jornadas a associação vai “abrir oficialmente a angariação de fundos” para que todos possam participar na concretização da obra, nomeadamente através do IRS.

A conta destinada à angariação de fundos “irá estar sempre visível” no ‘site’ da associação e terá periodicamente auditoria, é “uma questão de honra da ANDAR”, disse Arsisete Saraiva.

“Esta angariação de fundos vai ser feita com muita transparência, em que todos podem saber o que deram, onde é que está o dinheiro e onde está a ser aplicado, o que sobrou e onde é que ele se mantém, porque só assim eu tenho coragem de pedir às pessoas para nos ajudarem”, sustentou.

Segundo dados divulgados pela associação, existem cerca de 50.000 a 70.000 doentes diagnosticados com artrite reumatoide, uma doença inflamatória crónica que pode limitar os gestos diários, que ocorre em todas as idades, sendo mais prevalente nas mulheres.

Quando a doença não é tratada precoce e corretamente, acarreta, em geral, graves consequências para os doentes, traduzidas em incapacidade funcional e para o trabalho, refere a ANDAR.

HN // SB

Lusa/fim

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