A Rita Francisco dos Santos, mais conhecida por Ritinha, tem 13 anos e foi diagnosticada com paralisia cerebral com quatro dias de vida.
PUBLICIDADE
A menina natural de Miranda do Corvo ficou com muitas sequelas, com um grau de incapacidade de 80% e por isso está completamente dependente dos pais.
Emílio Santos e Teresa Francisco falam da luta para dar o melhor possível à filha, mas recordam o diagnóstico, que ninguém quer ouvir.
PUBLICIDADE
A sentença chegou quando a menina tinha apenas quatro dias de vida, após uma “meningite bacteriana grave” que lhe deixou sequelas neurológicas graves e irreversíveis.
A menina “nasceu em 16 de abril de 2010 na Maternidade Bissaya Barreto em Coimbra”, conta a mãe, referindo que após os três dias de internamento, tiveram alta.
PUBLICIDADE
“Apenas dormiu uma noite em casa, mas os gemidos da bebé” deram o alerta e por isso dirigiram-se às urgências da maternidade, onde ficou internada para fazer exames, até que chegou o diagnóstico: meningite.
“Parece que me tiraram o tapete debaixo dos pés”, lembra a mãe, dizendo que a menina “ficou internada três meses, dois dos quais nos Cuidados Intensivos Neonatais da maternidade e o outro no Hospital Pediátrico. Veio para casa com três meses”.
Para Emílio a filha é “uma lutadora”, frisando as várias operações a que a menina foi submetida. ” Já nem as consigo contabilizar”, diz emocionado.
“Os médicos nunca nos disseram muita coisa, porque não sabiam o futuro da Rita. Era um dia de cada vez, não se sabia quais eram as sequelas”, salienta a mãe, frisando que a menina chegou a ter “várias paragens cardiorrespiratória nos Cuidados Intensivos”.
A luta deste casal que vive em Miranda do Corvo desde 2005 começa quatro dias após o nascimento da segunda filha, que veio juntar-se à irmã, que hoje tem 21 anos, mas que no início desta saga tinha apenas oito anos e não conseguia compreender a situação.
Emilio, sem conseguir conter as lágrimas e segurando a mão da filha, refere que “se vive um dia de cada vez, não pode haver muitos planos”, mas com a certeza que tem que dar o melhor à sua menina, um futuro com qualidade de vida.
A mãe recorda os dias que viveu entre a Maternidade Bissaya Barreto e o Pediátrico. ” Caí num buraco, e não sei como tive forças para sair”, sublinhando que “aceitar e não entrar em negação” foi muito importante para ganhar forças para lutar pela felicidade da filha.
Cada pequena coisa que a Ritinha consegue fazer nas suas limitações é uma vitória para este casal. Há duas palavras que hoje diz : “papá e mamã” o que os enche de orgulho, apesar de Emílio saber que a filha “vai ser uma bebé para o resto da vida”, mas há tanto amor para dar e para receber.
A menina esteve até aos 11 anos na Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), nesta altura frequenta a Escola Ferrer Correia, mas Teresa sublinha a importância da APCC na vida da filha, adiantando que nas férias escolares ainda recorrem aos serviços da associação.
“Na Escola Básica no Senhor da Serra o trabalho dos professores e dos auxiliares tem sido exemplar. É lá que faz terapia ocupacional, e da fala, bem como fisioterapia”, conta a mãe.
Uma paralisia cerebral profunda deixa a menina, de olhar encantador, de sorriso fácil e cativante, totalmente dependente e para se deslocar precisa de uma cadeira de rodas com características específicas adequadas à sua deficiência.
A última cadeira de rodas “custou seis mil euros”, diz o pai, frisando as várias iniciativas que os amigos fizeram para a conseguir comprar, referindo que os donativos são para estas situações que não têm dinheiro.
O objetivo destes pais é ter um meio de transporte seguro e confortável para proporcionar à Rita um maior conforto e estabilidade na sua vida, com menos sobressaltos e que lhe permita fazer os seus passeios que tanto gosta e a fazem sorrir.
A família e os amigos têm desenvolvido várias iniciativas para angariar fundos para conseguir adquirir um carro adaptado.
No próximo dia 17, a Câmara de Miranda do Corvo e outras entidades vão promover um espetáculo natalício de solidariedade. A Gala de Natal Solidária Toc’Ajudar decorre às 15:00, na Casa das Artes, e as receitas vão reverter integralmente para Rita Francisco dos Santos.
Para quem quiser ajudar com donativos há uma conta solidária: PT50 0035 0609 0001608800 77, que encontra na página do facebook Os Amigos da Rita.
Related Images:
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
