A Universidade de Coimbra foi abalada por três queixas de assédio sexual contra um docente do Centro de Estudos Sociais (CES), Boaventura de Sousa Santos. Agora, surgem mais duas novas denúncias.
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Uma professora universitária já se tinha mostrado disponível para testemunhar o assédio sexual de que garante ter sido vítima por parte do sociólogo e diretor emérito daquele centro de estudos. A docente explica ter sido assediada pelo professor e manifestou a sua disponibilidade junto do Ministério Público para testemunhar contra o visado, informou ao Correio da Manhã a sua advogada.
Mas não é caso único. Uma investigadora brasileira, que trabalhou no CES, veio também a público fazer denúncias de assédio por parte do visado que, segundo a notícia do jornal Público, a levou a deixar Portugal. São mais duas denúncias a juntar às três já publicamente conhecidas e publicadas num artigo do livro “Má Conduta Sexual na Academia”.
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Na quarta-feira, dia 12 de abril, Boaventura de Sousa Santos reagiu considerando estas primeiras denúncias um “ato miserável de vingança institucional e pessoal” e anunciou que vai apresentou uma queixa-crime. Num longo texto, o diretor do Centro do CES frisa que está a ser vítima de uma acusação, em conjunto com outro investigador também visado, de “uma difamação anónima, vergonhosa e vil”.
O professor jubilado da Faculdade de Economia garante que nunca teve reuniões com duas das autoras do artigo – a norte-americana Miye Tom e a portuguesa Catarina Laranjeiro. Já a terceira queixosa, a belga Lieselotte Viaene diz ter tido duas reuniões. Uma delas “para tentar resolver os problemas de comportamento incorreto e indisciplinado do ponto de vista institucional desta investigadora”. Uma situação que culminou com um processo disciplinar e a sua expulsão do CES, refere Boaventura de Sousa Santos que esperava que “aos 82 anos ter direito a um pouco de paz, mas infelizmente o mundo em que se vive não permite que isso suceda”.
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