Todos já sentiram o desconforto de chorar ao cortar cebola, mas a razão vai além dos compostos químicos irritantes.
Um estudo recente revela que, no instante em que a lâmina toca a cebola, um jato de gotículas microscópicas é lançado no ar a alta velocidade, espalhando o suco irritante para além da tábua de corte.
Investigadores utilizaram câmaras de alta velocidade para captar este fenómeno em detalhe, descobrindo que o processo ocorre em duas fases: uma explosão rápida e violenta seguida por uma névoa de gotículas menores. Este jato pode atingir velocidades até 40 metros por segundo, atingindo diretamente os olhos de quem corta.
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Além disso, a faca estar afiada é determinante. Facas cegas produzem muito mais gotículas, maiores e mais rápidas, agravando a irritação ocular. Já lâminas bem afiadas reduzem significativamente essa dispersão, tornando o corte mais seguro e confortável.
Mas há mais: estas gotículas podem transportar bactérias presentes na cebola, como Salmonella e Campylobacter, responsáveis por intoxicações alimentares, o que implica riscos para a saúde para além das lágrimas.
A conclusão é clara: manter as facas afiadas não só poupa os olhos como também ajuda a evitar a propagação de microrganismos nocivos, pode ler-se na ZME Science.
Este estudo pioneiro, embora ainda não revisado por pares, abre uma nova perspetiva sobre a ciência do corte da cebola e reforça a importância de boas práticas na cozinha.
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