Economia

Discutir benefício do PRR para o Estado ou para empresas “é a pior forma de debatermos”

Notícias de Coimbra com Lusa | 12 meses atrás em 26-04-2023

A ministra da Presidência considerou hoje que a discussão em torno de quem beneficia mais com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), se o Estado ou os privados, “é a pior forma” de abordar o assunto. 

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Na abertura do Encontro Anual BUPi 2023, na Batalha, no distrito de Leiria, Mariana Vieira da Silva lembrou que “muitas vezes o debate em torno do PRR tem sido feito ou apenas dirigido ao tema da sua execução financeira e do ritmo da sua execução ou muito em torno da ideia de quanto deste dinheiro é que iria para o Estado e quanto é que iria para os cidadãos e para as empresas”. 

“Este debate sobre se é o Estado ou se são as empresas [mais beneficiadas] é mesmo a pior forma de debatermos, porque julgo que é absolutamente inquestionável que um serviço público mais capaz de responder, mais eficiente ao cidadão e às empresas, é um contributo muitíssimo significativo para a nossa economia”, disse a ministra, exemplificando com o projeto Balcão Único do Prédio (BUPi), que “mostra bem o quão pouco relevante é essa discussão”. 

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Admitindo ser possível discutir a prioridade dada pelo Governo “à melhor dos serviços públicos”, Mariana Vieira da Silva elencou um conjunto de investimentos, que vão “da área da Saúde e à Educação, da Segurança Social à dimensão fiscal”, bem como “toda a questão dos registos e da relação do cidadão com a justiça”.

“Podemos ver o empenho que foi colocado no PRR nestas dimensões da resiliência e da modernização da nossa economia, ao papel que o Estado tem em facilitar a vida dos cidadãos e das empresas”, sublinhou.

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A ministra da Presidência destacou ainda os efeitos do recurso “à inteligência artificial e às ciências comportamentais para poder antecipar necessidades e estar na linha da frente de resposta aos cidadãos”. 

Na Batalha, Mariana Vieira da Silva avançou que “cerca de 80% do total da verba do PRR já está com concursos lançados” e “77% do total da verba com concursos aprovados”. 

“Estamos neste momento naquela fase de execução, de por as mãos na massa, executar, concretizar, meta após meta ir cumprindo os nossos objetivos, tendo presente que o PRR é no fundo isto: uma oportunidade, com financiamento adicional, de concretizarmos muitas medidas de transformação da nossa sociedade, de que a relação entre os serviços públicos e o cidadão é um exemplo”, concluiu.

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