Direção-Geral das Artes apoia Citemor e Casa da Esquina

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 31-03-2018

Resultados provisórios do concurso da Direção-Geral das Artes (DGArtes), na área dos cruzamentos disciplinares, revelam que 23 de 47 candidaturas avaliadas deverão receber apoio, no período 2018-2021.

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Os resultados indicam que 23 candidaturas na área dos cruzamentos disciplinares vão ter acesso a financiamento plurianual, revela a ata relativa ao projeto de decisão do Concurso ao Programa de Apoio Sustentado 2018-2021 da DGArtes, comunicada aos candidatos, e a que a agência Lusa teve acesso.

Nas candidaturas aprovadas, encontram-se estruturas como o Teatro da Didascália, de Famalicão, a associação d’Orfeu, de Águeda, a Casa B, de Lagos, a marionet e a Casa da Esquina, de Coimbra, e a Osso, das Caldas da Rainha.

O concurso assinala igualmente o regresso do Centro de Iniciação Teatral Esther de Carvalho (CITEC), aos apoios plurianuais, estrutura que organiza o festival Citemor, em Montemor-o-Velho, e que ponderava acabar com o evento, face à falta de apoio estatal.

As estruturas mais apoiadas nesta área são o Centro de Artes do Espetáculo de Viseu (Teatro Viriato), com 1,3 milhões de euros, a Oficina, responsável pela gestão do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, com 1,2 milhões, o Espaço do Tempo (1,27 milhões), sediado em Montemor-o-Novo, a associação Al Kantara, com 924 mil euros, e a Associação Zé dos Bois, com 860 mil euros, de Lisboa, e a Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT), de Tondela, com 833 mil euros.

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De fora dos apoios, ficam 24 estruturas, como a Circular, que promove um festival de artes performativas em Vila do Conde, a Circolando e a Cão Danado, sediadas no Porto, a companhia Real Pelágio, de Santarém, e Chapitô e CEM – Centro em Movimento, de Lisboa.

O Centro é a região com mais candidaturas aprovadas, num total de nove, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa e a região Norte com cinco cada.

O Algarve conta com duas candidaturas aprovadas, Casa B e DeVIR, e o Alentejo e a Região Autónoma dos Açores, com uma candidatura aprovada cada, respetivamente, Espaço Tempo e a associação Anda&Fala, que organiza o festival Walk & Talk.

Entidades das regiões autónomas dos Açores e da Madeira têm pela primeira vez acesso a concursos nacionais, no âmbito deste modelo da DGArtes.

O Programa de Apoio Sustentado às Artes 2018-2021 – que financia grande parte da atividade artística em Portugal – abriu em outubro e tem um valor global de 64,5 milhões de euros para apoiar modalidades de circo contemporâneo e artes de rua, dança, artes visuais, cruzamentos disciplinares, música e teatro.

De acordo com o calendário da DGArtes, a decisão final relativamente aos apoios na área dos cruzamentos disciplinares decorre na primeira quinzena de abril, com os pagamentos a começarem ainda nesse mês e a prolongarem-se até ao início de junho.

Nesta área, o concurso tem um montante global disponível 12,040 milhões de euros, para o quadriénio que termina em 2021, com uma distribuição anual que varia dos 2,80 milhões aos 3,08 milhões.

Os cruzamentos disciplinares contemplam criação, programação, circulação nacional e internacionalização de criações artísticas, desenvolvimento de públicos, edição, investigação e formação, com “os planos de atividade” a “contemplar maioritariamente os domínios de criação, de programação ou de formação”, de acordo com o regulamento do concurso.

Até agora, no Programa de Apoio Sustentado 2018-2021, a DGArtes apenas publicou as decisões finais nas áreas de dança, circo contemporâneo e artes de rua, tendo sido apoiadas 21 entidades ligadas à dança e três a circo e artes de rua.

Neste programa, a área da dança terá um montante global de 5,9 milhões de euros (5.995.530 euros), até 2021, dos quais 1,7 milhões de euros para este ano.

Na área do teatro, os resultados provisórios apontam para o financiamento de 50 projetos, entre 89 candidaturas avaliadas.

Na passada terça-feira, a associação Performart, que congrega entidades como os teatros nacionais, o Instituto Politécnico do Porto, as fundações CCB, de Serralves e Casa da Música, o Centro Cultural Vila Flor e o Teatro Experimental do Porto, entre outras, apelou à “reposição imediata dos montantes de 2009 para o apoio às artes, sob pena do atrofiamento drástico do setor” das artes de palco, numa carta-aberta enviada ao primeiro-ministro, António Costa.

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