Portugal

Diocese do Algarve arquivou um dos dois casos de alegados abusos por sacerdotes

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 09-03-2023

A Diocese do Algarve revelou, esta quinta-feira, que recebeu “uma lista com dois nomes de sacerdotes, alegados abusadores”, da Comissão Independente para o Estudos dos Abusos Sexuais na Igreja. Um dos casos é do conhecimento do Ministério Público e já foi arquivado e o outro “não corresponde a nenhum incardinado” naquela diocese.

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Segundo a diocese, num comunicado enviado às redações, a lista recebida a 3 de março refere “um caso que a Diocese do Algarve teve conhecimento em outubro de 2021 e que desencadeou imediatamente a investigação prévia, com informação ao Ministério Público, cujo resultado foi enviado para a Santa Sé, a qual, após a análise do processo, indicou que o mesmo devia ser arquivado”.

Já o segundo nome indicado “não corresponde a nenhum sacerdote incardinado na Diocese do Algarve, nem se encontra nos arquivos diocesanos alguma referência a seu respeito”. De acordo com o comunicado, o bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, já informou a Comissão Independente desta ocorrência.

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Foi convocada uma assembleia geral com o objetivo de “estudar medidas para prevenir a possibilidade de ocorrência de abusos no futuro, quer envolvendo menores, quer adultos vulneráveis, a partir da legislação civil e canónica em vigor”.

O esclarecimento da Diocese do Algarve surge numa altura em que outros episcopados já tomaram medidas em relação às listas da Comissão Independente.

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Na quarta-feira, a arquidiocese de Évora afastou um padre de funções e abriu uma investigação a uma denúncia de alegados abusos de menores pelo sacerdote, na década de 1980, no Seminário Menor da cidade.

Já a Diocese de Angra informou que afastou dois sacerdotes incluídos na lista. Em comunicado, o episcopado referiu que os padres ficam “impedidos do exercício público do ministério” até ao final do processo de investigação prévia.

Sublinhe-se que a Comissão Independente validou 512 testemunhos, apontando, por extrapolação, para pelo menos 4.815 vítimas. Vinte e cinco casos foram enviados ao Ministério Público, que abriu 15 inquéritos, dos quais nove foram arquivados.

 

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