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Dinheiro contra fogos ardeu? Associação Empresarial da Região de Coimbra quer respostas

Notícias de Coimbra | 1 hora atrás em 19-08-2025

Imagem: Facebook

A Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) manifestou esta terça-feira, 19 de agosto, o seu profundo pesar pela morte de um bombeiro que perdeu a vida, no passado fim de semana, em São Francisco de Assis, Covilhã, quando se dirigia para o combate a um incêndio.

A associação recorda ainda a morte recente de um autarca do concelho da Guarda, também vítima de uma situação de emergência, sublinhando que estas tragédias expõem as fragilidades persistentes no combate aos fogos rurais, sobretudo no interior do país.

Em comunicado, a NERC denuncia que “os bombeiros estão no limite, cansados e exaustos, entregues a uma luta desequilibrada contra o fogo, contra o esquecimento e contra a falta de meios”, lembrando que também empresários e cidadãos do interior da região de Coimbra vivem diariamente as consequências desta calamidade.

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A associação empresarial exige explicações sobre o destino das verbas dos programas Centro2020 e Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que estavam afetos a medidas de prevenção e recuperação após os incêndios de 2017. Questiona igualmente a aplicação dos fundos do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, que previa a criação de zonas de refúgio e campanhas de sensibilização para comportamentos de autoproteção.

Também o programa RDFCI – Rede de Defesa da Floresta Contra Incêndios está no centro das preocupações da NERC. A associação considera urgente auditar a aplicação dos milhões de euros destinados a dificultar a propagação dos fogos e a facilitar a intervenção no terreno, sobretudo tendo em conta a dimensão da área ardida em concelhos da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Coimbra, como Lousã, Miranda do Corvo, Vila Nova de Poiares, Tábua, Arganil, Oliveira do Hospital, Góis e Pampilhosa da Serra.

A NERC questiona ainda o lançamento, pela CIM de Coimbra, de um concurso SIRESP superior a meio milhão de euros em plena fase de calamidade.

Face à gravidade da situação, a associação defende que sejam implementadas medidas urgentes de apoio a empresários e cidadãos da região, ao mesmo tempo que exige transparência e responsabilização sobre a gestão dos fundos públicos.

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