A operadora romena DIGI chegou a Portugal com promessas de preços agressivos e serviços acessíveis, rompendo com o tradicional domínio das três principais operadoras nacionais – MEO, NOS e Vodafone.
A sua entrada no mercado foi recebida com entusiasmo por consumidores ávidos por alternativas mais económicas, num país que, até recentemente, liderava os rankings da Internet mais cara da Europa.
No entanto, seis meses após o início da sua atividade comercial, surgem os primeiros sinais de desgaste. As falhas registadas durante o apagão tecnológico da passada segunda-feira, em particular o prolongado restabelecimento das comunicações móveis, colocaram a DIGI sob o escrutínio dos consumidores e suscitaram novas discussões nas redes sociais sobre a fiabilidade da jovem operadora.
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Apesar de ter conseguido conquistar rapidamente uma fatia significativa do mercado graças a preços competitivos, a DIGI demonstrou, nesta crise recente, algumas fragilidades na sua infraestrutura. Vários utilizadores reportaram dificuldades de acesso à rede 5G durante mais de 24 horas, sendo esta a operadora que mais demorou a restabelecer os serviços móveis após o incidente, escreve o Leak.
Embora o seu percurso ainda seja curto (iniciou operações em novembro de 2024), a operadora já enfrenta a pressão natural de quem assume o papel de “salvadora” num setor onde a concorrência real parecia estagnada.
Especialistas e consumidores concordam que a presença da DIGI é positiva e necessária, mas alertam que não basta oferecer preços baixos. É preciso garantir fiabilidade, capacidade de resposta e qualidade de serviço.
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