Não sabeis o que é um anarcovitivinícola, ademais cunhado por jornalista, professor e, no que vos importa, doutos. O Jorge Plácido tocou o Pessoa para 35 anos. E sim, topou o Jorge Plácido, uma biografia em 35 anos de Fernando Pessoa, descobriu um poema inédito do Pessoa para o Primo de Rivera, o que confirma as simpatias pelo antigo regime do poeta da Nação.
Hoje todos temos saudades de corporações, um afobação; de sindicatos, um afogadilho e, no de ruim, uma freima pelo lítio. Há que abonde, mas todos querem grossa fatia. Faz lembrar outros tempos, de volfrâmio, agora são uns senhores, que andaram pelos governos e falam muito de energia e negócios, instalados em Boticas.
Todos juntos, para “apoiar a empresa no desenvolvimento do projeto” para explorar lítio em Boticas. A mina contratou ainda burocratas de topo ao Estado e eu pergunto-me onde está a lisura. Não está. Está ainda no fio da navalha comportamental. E já agora, orçamental. Votámos numa coisa, sai-nos outra. Como o ethos da política, para cavador ver.
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Compreendo a opção, a política anda perigosa, com as milícias de extrema direita a preparar a invasão do Parlamento, com o conúbio de alguns servidores do Estado, que em exercício de funções, não se incomodam com a sedição. O exemplo vem de cima.
O problema, claro, os imigrantes, aperto na entrada, mais saídas, dificuldades em obter nacionalidade e reagrupar nem pensar. A democracia, se o núncio não tomar como blasfémia, deixou de ser cristã, passou a desejar o fim da reunificação familiar dos imigrantes, bastam dizem eles, chega, acrescentam outros. E nós, pais de imigrantes sempre procurámos, para os nossos integração no ambiente onde vivem.
Os dias vão azedos, em conluio, não se fala disto, nem dos milhões que aquilo deu, os negócios com amparo estatal vão-se fazendo, mas o problema é a imigração.
Deslaçados, incomodado com estes silêncios coletivos, a Democracia atacada pelo Estado, pergunto-me se somos nós que somos mesmo mesquinhos, ou se são estes tempos de hipocrisias e fel, sem mel?
Já chega, não celebramos o dia da raça, e sem força de trabalho imigrante, meio país para. E ainda assim, paga a soldo miserável. E calados. Como nós. Na probidade. E nós, lá fora, os bons e bem formados, a ganharem o justo. Que nação temos, de onde foge desenvolvimento, e reinam mentalidades tacanhas. Só falta a cruzada. A cruz já vem nas vestes.
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