Diabo à solta entre PSD, PS e BE, PCP contra desperdício de votos

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 27-09-2017

O “diabo” entrou na campanha autárquica dos líderes com Pedro Passos Coelho, do PSD, a acusar o PS de vender a “alma ao diabo” para governar em coligação com BE, PCP e Verdes.

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diabo

Há dois dias seguidos que António Costa fala no “diabo” para dizer que a oposição “ficou baralhada, porque tinha um discurso acreditando no diabo, e tendo perdido o diabo, ficou perdida e ainda não se encontrou”.

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Tem sido essa a resposta, recorrente, do líder socialista e primeiro-ministro à oposição, face aos resultados económicos do país, explorando uma frase dita pelo presidente do PSD aos deputados, há pouco mais de um ano.

Em julho de 2016, num jantar da bancada do PSD, Pedro Passos Coelho anteviu dificuldades para o país e disse a frase: “Gozem bem as férias que, em setembro, vem aí o diabo.”

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Hoje, num almoço em Coimbra, Passos acusou o executivo do PS de sacrificar a prestação de “serviços públicos essenciais” na saúde, na educação, por exemplo.

E deixou a frase: “Não fomos nós que vendemos a alma ao diabo para governar, não fomos nós que andámos a fazer de conta que problemas como os da segurança ou do ouro eram questões menores.”

A dois dias do fim da campanha, o PS tem insistido, como fez Costa num comício em Belas, Sintra, na segunda-feira à noite, que perdeu o discurso, “acreditando no diabo”.

António Costa aconselhou PSD e CDS a ficarem “no passado”, quando eram Governo, e pediu o voto dos portugueses no PS.

Um dia depois de ter tido o apoio, num jantar-comício em Torres Novas, do fundador e ex-líder Francisco Louçã, a coordenadora bloquista não deixou de dar a resposta ao “diabo” de Passos Coelho.

Catarina Martins respondeu que “ainda bem” que Pedro Passos Coelho e Paulo Portas participam nas campanhas autárquicas da direita para “ninguém esquecer o que fizeram e o que representam” PSD e CDS-PP.

À esquerda, o ambiente entre PCP, PS e BE teve uns quantos despiques.

Um dia depois de Costa ter negado qualquer pacto de “não-agressão” com o PCP, dizendo que o PS queria “é ganhar as 308 câmaras”, o secretário-geral dos comunistas respondeu que é ter “mais olhos que barriga”.

Nos últimos dias, Jerónimo de Sousa insistiu, primeiro em Viana do Alentejo, Évora, na noite de terça-feira, que não se pode desperdiçar nem um voto na CDU.

E fez o mesmo já hoje, em Lisboa, num encontro com candidatos da coligação, ao dizer que acredita que a votação na capital, onde concorre o eurodeputado do PCP João Ferreira, vai crescer ainda que não tanto quanto o desejável, ressalvando que “nada está ganho” e que “há muito que fazer”.

Ainda em Lisboa, a candidata à câmara e líder do CDS-PP, Assunção Cristas, teve hoje a ajuda do seu antecessor Paulo Portas, numa arruada, em Lisboa.

Uma forma, afirmou o antecessor de Cristas, de dar um exemplo de “tocar a reunir” no partido, apelando a “quem não é de esquerda” ou é “esquerda desiludida” a votar na ex-ministra da Agricultura.

O último dia da campanha para as autárquicas de domingo, o Porto estará na ‘rota’ das caravanas de PS, PSD e BE, com a CDU a fazer o último comício em Loures e o CDS-PP a terminar em Lisboa.

 

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