Coimbra

Dia normal na Figueira da Foz em postos de combustível e supermercados

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 12-08-2019

Postos de combustível e supermercados a funcionar normalmente e veraneantes precavidos perante a greve dos motoristas é o retrato do primeiro dia de paralisação na Figueira da Foz.

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Ao longo da manhã de hoje, a reportagem da Lusa constatou que os seis postos de combustíveis existentes na zona urbana da cidade estavam a funcionar normalmente, sem filas. O que concentrava mais clientes, do grupo Auchan, é o único na cidade que faz parte da Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), que tem abastecimento limitado a 15 litros por viatura.

Em três das nove médias e grandes superfícies comerciais existentes na cidade, a afluência de clientes é a normal de um dia de férias de agosto, embora a temperatura relativamente baixa e o vento que se faz sentir não convidem à praia.

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“Fomos de manhã cedo, mas estava frio e aproveitámos para sair mais cedo e vir almoçar”, disse à Lusa Fernando Pereira, que reside em Coimbra e passa habitualmente férias na Figueira da Foz, onde a família tem casa.

Ao longo das duas primeiras semanas de agosto “e alguns fins de semana, quando o tempo está bom”, o carro fica estacionado na avenida marginal de Buarcos, perto do apartamento fronteiro ao areal.

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“Quase nunca o tiro, só se for para ir às compras ou passear com os miúdos”, frisou Fernando Pereira, que abasteceu a viatura “sem encher o depósito” na semana passada e não espera problemas para regressar a Coimbra no domingo.

“Para já não há problema. Poderá haver se a greve durar muito tempo, logo se vê”, enfatizou.

À porta de uma das superfícies comerciais da Figueira da Foz, Emília Santos diz que aproveitou o dia para fazer compras, acompanhada do marido, enquanto a filha, genro e os netos “estão na praia”.

Oriunda de uma freguesia do norte do concelho, Emília está emigrada “vai para 40 anos” nos arredores de Paris e constata que a greve na Figueira da Foz “não se nota”.

O marido, António, acrescenta que face aos protestos que ciclicamente tem afetado França – seja do chamado movimento dos coletes amarelos, seja de outros protestos ao longo dos anos – a paralisação dos motoristas em Portugal “não tem qualquer comparação, não existe”.

“Soubemos que na outra [em abril] faltou o gasóleo e abasteci o carro por precaução. Mas não estou preocupado com o regresso [a França, na quinta-feira], temos gasóleo e abasteço sempre na viagem”, explicou.

Os motoristas cumprem hoje o primeiro dia de uma greve marcada por tempo indeterminado e com o objetivo de reivindicar junto da associação patronal Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% e declarou crise energética, que implica “medidas excecionais” para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.

Portugal está, desde sábado e até às 23:59 de 21 de agosto, em situação de crise energética, decretada pelo Governo devido a esta paralisação, o que permitiu a constituição da REPA, com 54 postos prioritários e 320 de acesso público.

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