A Polícia Judiciária (PJ) deteve o quarto elemento de um grupo de ‘influencers’ suspeitos de violarem, em fevereiro, uma jovem de 16 anos em Loures e de partilharem as imagens da violação ‘online’, anunciou hoje aquela força policial.
A detenção do último elemento deste grupo decorreu na quarta-feira na margem sul do Tejo e o jovem é suspeito de crimes de violação agravada e pornografia de menores, indicou a PJ em comunicado.
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Em 24 de março, a PJ já tinha detido os outros três jovens do grupo, com idades entre os 17 e os 19 anos, suspeitos dos mesmos crimes.
Na altura, o diretor regional de Lisboa da Polícia Judiciária, João Oliveira, referiu que os três detidos eram ‘influencers’ com “um público já muito significativo”.
O jovem de 19 anos detido na quarta-feira vai ser presente a tribunal para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação.
Em março, os três suspeitos foram sujeitos às medidas de coação de apresentações periódicas semanais e proibição de contactos com a vítima, o que motivou protestos de várias áreas da sociedade civil.
A comarca titular do processo defendeu, na altura, que as medidas de coação foram “proporcionais e adequadas” e corresponderam ao pedido pelo Ministério Público.
A investigação teve origem numa participação do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, no distrito de Lisboa, à Polícia de Segurança Pública, tendo sido ativada a PJ por ter a competência reservada para a investigação destes crimes.
A PJ recordou ainda, na mesma nota, que os crimes terão ocorrido “em zona próxima da residência da vítima, na sequência de um encontro, previamente combinado, entre esta e um dos jovens, seu conhecido”.
“O jovem, de 17 anos, compareceu no encontro acompanhado de amigos, desconhecidos da vítima, que, em contexto grupal, constrangeram a menor a práticas sexuais e filmaram os atos contra a sua vontade, divulgando-os nas redes sociais”, destacou ainda.
De acordo com a PJ, o local foi sujeito a inspeção judiciária, sendo recolhidos vestígios dos crimes pelo Laboratório de Polícia Científica e pela Unidade de Perícia Tecnológica Informática da PJ e a investigação “permitiu a identificação e a detenção de todos os autores”.
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