Vamos

“Desertos” encerra trilogia “Mãe Nossa” da escritora Ana Filomena Amaral

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 31-08-2021

No dia 4 de setembro, pelas 15:30, será lançado na Feira do Livro de Lisboa o romance “Desertos”, terceiro da trilogia “Mãe Nossa”, da escritora Ana Filomena Amaral.A trilogia tem como pano de fundo as questões ambientais.O primeiro volume, “O Diretor”, centra-se no épico sumério de Gilgamesh, adaptado à realidade atual.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

publicidade
publicidade

São abordados problemas contemporâneos, desde a destruição dos oceanos ao genocídio dos arménios, à corrupção ao mais alto nível e à ganância predadora que ameaça o planeta, passando pela situação dos refugiados sírios, na perspetiva do que a Humanidade quer para o futuro e de que forma o está a comprometer. A questão da imortalidade é nuclear, tal como na epopeia de Gilgamesh.

PUBLICIDADE

No segundo volume, “Gelos”, que em breve será lançado no México, dando continuidade ao enredo do primeiro, Armina e Gil partem com um grupo de cientistas para o Ártico, onde se desenrola toda a ação do romance.Este livro é dedicado ao povo inuíte, inspirado nas suas tradições e cultura, sendo dividido em capítulos nomeados nessa língua.

Os problemas ambientais no Ártico, devido ao aquecimento global, são vividos por toda a equipa que sofre dramaticamente no decurso da expedição e é exposta aos riscos de um dos ecossistemas mais ameaçados e perigosos do planeta.

O urso polar, animal em extinção, é um dos protagonistas deste romance, além do mar e das baleias, tal como no primeiro volume da trilogia. A narrativa é perpassada por referências mitológicas, como o próprio título, “Gelos”, nome do deus grego do riso e ambiências mágico-fantásticas.

Em “Desertos”, que será lançado no próximo  dia 4, encerrando a trilogia, Armina e Maria vão como voluntárias para um campo de refugiados no deserto, onde se desenrola toda a ação.

Na travessia, ficam a conhecer outras personagens e vivem de perto os problemas da desertificação do planeta, outra das consequências do aquecimento global. Este romance é inspirado nas tradições e cultura do povo amazigue, vulgarmente conhecido por berbere, e na sua luta incessante pelo reconhecimento.

Ao longo da obra, acontecem episódios memoráveis, como quando o dromedário de Maria só se deixou montar por ela, a imagem da caravana multicolor já a caminho ou o assombro do pôr-do-sol no deserto.

O dromedário é um dos protagonistas deste livro e está presente em todos os grandes momentos, como o mar e as baleias nos volumes anteriores. “Desertos”é dedicado a todos os seres espoliados, exilados e maltratados da Terra, uma temática cada vez mais preocupante e na ordem do dia.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE