Crimes

Deserdada? “Deixei o meu pai sem olhos”

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 horas atrás em 21-10-2025

Imagem: Facebook

Ana Anes, de 48 anos, antiga sexóloga e escritora do polémico livro “Sete Anos de Mau Sexo”, foi detida esta segunda-feira, 20 de outubro, após ter esfaqueado o pai, o conhecido criminologista e professor universitário José Manuel Anes.

O ataque, ocorrido em Lisboa, deixou o académico em estado grave, com ferimentos na barriga, mãos e pernas. Foi internado no Hospital de São José, onde, segundo o Expresso, já se encontra livre de perigo.

Tudo indica que Ana terá sofrido um surto psicótico, mas as suas confissões nas redes sociais antes do ataque levantam dúvidas sobre o que realmente a motivou. Nas suas publicações mais recentes, acusa o pai de ser “agente secreto” e um dos autores do atentado de Camarate, que vitimou o antigo primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro.

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Mas a loucura digital da autora não para por aí: dinheiro e herança eram temas recorrentes. Ana afirmava ter sido excluída do testamento do pai, alegando que José Manuel Anes teria deixado tudo a uma ex-aluna, Carla Pinheiro — outro nome que aparecia repetidamente nas suas publicações.

“Eu descobri que fizeste parte do atentado de Camarate e tens imóveis, obras de arte e muito dinheiro escondido ao longo destes anos. E quem agora gere e lava o dinheiro é a Carla Pinheiro, a quem fizeste um testamento a excluir-me”, escreveu Ana numa das mensagens que deixaria online.

Fontes próximas revelaram à CMTV que Ana procurava o pai frequentemente para lhe pedir dinheiro, apesar de afirmar nas redes sociais que “o seu verdadeiro pai” era o padrasto, Jean Pierre Rawson, nome que também adotava online — Ana Rawson. Segundo a mesma estação, José Manuel Anes já se tinha queixado da relação conturbada com a filha.

Após a detenção, Ana Anes foi conduzida ao Estabelecimento Prisional de Tires, onde, de acordo com a CNN Portugal, se mostrou “emocionalmente fragilizada, em choro constante e sem sinais de agressividade”. Foi monitorizada de forma regular e manteve-se deitada, sem provocar incidentes.

Conforme adiantou Tânia Laranjo, na CMTV, Ana deverá ser acusada de tentativa de homicídio. Esta quarta-feira, dia 22, conhecerá as medidas de coação a aplicar. No decurso do processo, será ainda avaliado se a mulher é inimputável por motivo de anomalia psíquica.

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