Setenta e duas pessoas morreram nos primeiros 11 meses do ano em acidentes de viação, mais duas comparativamente ao mesmo período de 2024, sendo 32 em colisões, 25 em despistes e 15 em atropelamentos, segundo um balanço da PSP.
Os dados provisórios da sinistralidade da Polícia de Segurança Pública (PSP), referentes à sua área de responsabilidade, divulgados em comunicado, revelam um aumento de acidentes de viação, de mortes e de feridos este ano.
Entre 01 de janeiro e 30 de novembro deste ano, a PSP registou 52.370 acidentes, mais 41 face, dos quais resultaram 72 mortos, mais dois, 713 feridos graves, mais 69, e 16.436 feridos leves, mais 400 face ao mesmo período de 2024.
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Entre as vítimas mortais de acidentes de viação, os jovens de 18 a 30 anos foram os mais afetados, representando 28%, seguidos dos adultos com idades entre os 51 e 65 anos (21%) e os 41 e 50 anos (19%).
A faixa etária de 31-40 anos representou 17% das vítimas mortais, enquanto a dos 66-80 anos somou 7% e os maiores de 81 anos 8%.
No que respeita à fiscalização rodoviária, a PSP adianta que, neste período, foram fiscalizados em todo o país, 657.757 condutores (+19.960) e controlou por radar 2.149.675 viaturas (+117.857).
No total foram registadas 217.483 contraordenações (+30.093 que no período homólogo de 2024), o que equivale a uma média superior a 19.000 infrações por mês.
Das infrações registadas, a PSP destaca 38.209 por excesso de velocidade, o que corresponde a 18% do total das infrações registadas.
Segundo a PSP, foram realizados 186.509 testes de alcoolemia, dos quais resultaram 3.930 autos de contraordenação por condução sob o efeito do álcool.
Destas infrações, 851 dizem respeito a condutores aos quais se aplica a taxa reduzida de álcool (condutores com carta de condução há menos de 3 anos ou condutores profissionais), o que corresponde a 22% das infrações registadas por condução sob o efeito do álcool.
A PSP destaca ainda 22.616 infrações por falta de inspeção periódica obrigatória, 8.196 por falta de seguro de responsabilidade civil, 5.761 por uso do telemóvel durante o exercício da condução, 2.671 por falta do uso do cinto de segurança e 1.125 por falta do uso de sistemas de retenção.
No mesmo período, foram realizadas 8.508 detenções por crimes rodoviários, nomeadamente 4.861 por condução em estado de embriaguez e 3.647 por condução sem habilitação legal.
“Atualmente, o fator humano do comportamento é reconhecido como a condição mais relevante para a ocorrência da maioria dos acidentes de viação, seja por infração e/ou desrespeito pelas regras e sinais de trânsito, seja perante um acontecimento inesperado”, alerta a força de segurança.
Sublinha ainda que, “sendo os cenários urbanos altamente dinâmicos, com múltiplos utilizadores da rodovia em constante movimento, o comportamento dos condutores constitui fator fundamental para continuar esta tendência de diminuição da sinistralidade rodoviária”.
A PSP apela a todos os condutores para que conduzam em segurança, adaptando a sua condução às condições meteorológicas e ao estado da via.
“Alertamos para que não adotem comportamentos que possam diminuir as suas capacidades de condução, como conduzir em excesso de velocidade ou sob o efeito do álcool e/ou de substâncias psicotrópicas, ou que sejam suscetíveis de causarem distrações, como o uso do telemóvel durante a condução”, lê-se no comunicado.
Relembra aos condutores para não conduzirem em velocidade excessiva, especialmente na aproximação de passadeiras ou de zonas com grande fluxo de peões, um fator que diz impossibilitar “uma imobilização, em segurança, das viaturas, podendo originar um embate”.
Apela também ao uso de cintos de segurança, sistemas de retenção, capacetes que, “apesar de não evitarem acidentes, reduzem o impacto e o risco de ferimentos e/ou sequelas em caso de colisão”.
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