A Sociedade Portuguesa de Dermatologia solicitou hoje uma avaliação à Ordem dos Médicos das anomalias relacionadas com as cirurgias adicionais e aguarda por uma avaliação de eventuais ilegalidades pelas entidades competentes.
Em comunicado, a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV) manifesta a sua indignação com as notícias de alegados abusos em cirurgias, como a que aconteceu com um dermatologista no Hospital de Santa Maria, e sublinha tratar-se de “situações pontuais” que não representam o “comportamento coletivo” dos dermatologistas.
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A sociedade de dermatologia assegurou também que de tudo fará para evitar que situações semelhantes possam repetir-se e pediu ao conselho disciplinar da Ordem dos Médicos que faça uma avaliação rigorosa dos casos.
A SPDV pediu ainda às autoridades competentes uma análise dos critérios, metodologias e majorações atualmente previstas no Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), e que sejam emitidas orientações uniformes em termos da sua aplicação para todo o território nacional.
Na última sexta-feira, a CNN revelou que um dermatologista do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, terá recebido cerca de 400 mil euros em 10 sábados de trabalho adicional em 2024, o que levou o Ministério Público a abrir um inquérito a este caso e a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) a avançar com um outro inquérito à atividade cirúrgica adicional realizada no SNS.
Em causa está o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) que o Governo pretende substituir por um novo modelo – o Sistema de Informação Nacional de Acesso a Consulta e Cirurgia (SINACC).
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