Saúde
“Demoraram… e de repente morreu”: Marido denuncia demora no socorro à esposa grávida
Imagem: Facebook
O presidente do Conselho de Administração do Hospital Amadora-Sintra apresentou a sua demissão esta segunda-feira, na sequência da morte de uma grávida de 38 semanas e do recém-nascido, ocorridas na unidade hospitalar.
O caso está a ser alvo de inquéritos e averiguações internas, enquanto o marido da vítima, Braima Seidi, pede explicações e admite avançar para tribunal.
Em declarações à SIC Notícias, Braima Seidi lamentou profundamente a forma como a esposa foi tratada, afirmando que isso “a levou a perder a vida”. O marido recorda que a mulher estava a ser acompanhada desde julho no Centro de Saúde de Agualva-Cacém, tendo o processo sido posteriormente transferido para o Hospital Amadora-Sintra.
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“No hospital fez uma ecografia e pediram-lhe para regressar no dia 29 de outubro. Ligou-me e disse-me que ela e o bebé estavam bem, e que a data prevista para o parto era o dia 12 de novembro”, contou.
Segundo Braima Seidi, na noite de quinta-feira, a esposa começou a sentir dores abdominais fortes, levando a irmã a ligar para o 112. “Demoraram. De repente, recebi a notícia de que faleceu a minha esposa”, relatou emocionado.
A bebé nasceu através de uma cesariana de emergência, mas morreu no domingo de manhã, um dia depois da morte da mãe, que deu entrada no hospital em paragem cardiorrespiratória.
Braima Seidi aguarda agora as conclusões oficiais das investigações em curso, esperando que estas esclareçam o que realmente aconteceu. Apesar de ponderar avançar judicialmente, o marido afirma que a prioridade neste momento é trasladar os corpos da esposa e da filha para Bissau.
O caso tem gerado profunda comoção pública e renovado debates sobre as condições e resposta do Hospital Amadora-Sintra, um dos maiores do país.
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