Ao longo do pitoresco Ribeiro de Cai Águas, na aldeia de Jancido, encontram-se os tradicionais moinhos de rodízio, pequenos edifícios de pedra, construídos há mais de 300 anos e movidos pela força da água.
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Estes moinhos, alimentados pelas nascentes ao longo do curso do ribeiro, foram durante séculos essenciais para a moagem de cereais e o fabrico do pão, elemento fundamental da alimentação local.
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Os oito moinhos distribuídos pelo Ribeiro de Cai Águas operavam com sistemas hidráulicos tradicionais de levadas e represas, usados também para o regadio das terras da aldeia, nomeadamente das áreas conhecidas como Lameiro, Cavadas e Ausenda. No entanto, com o avanço tecnológico e o surgimento dos moinhos elétricos, estes tradicionais moinhos de água foram gradualmente abandonados, tendo o último funcionamento registado em 1979.
Já no final de 2016, os moinhos encontravam-se em ruínas, quando um grupo de amigos da comunidade local decidiu agir. Denominados “Rapazes de Jancido”, este coletivo iniciou um projeto de recuperação, reconstrução e reflorestação da área envolvente aos moinhos.
“Este grupo de voluntariado tem já recebido algumas referências de boas práticas ambientais (Serras do Porto, CRE, Projeto Futuro 100.000 Arvores), pelos trabalhos de recuperação dos moinhos, pela preservação das florestas envolvente, pela plantação de árvores e arbustos autóctones assim como na preservação da vida animal como são exemplo as salamandras Lusitânicas, as salamandras de pintas amarelam, os tritões e a rã ibérica”, escrevem no site dos moinhos.
Atualmente, o grupo de voluntários é composto por Albino Manuel Sousa, António Gonçalves, Fernando Sousa, Manuel Sousa e Paulo Campos, que continuam a dedicar esforços para manter viva a memória e a história dos moinhos, assim como a preservar a natureza envolvente
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